MOVIMENTO

Cozinha Solidária do MST distribui alimentos a vítimas do ciclone

Os sem-terra dão uma lição de solidariedade ao distribuir 10 mil marmitas com produtos da reforma agrária para vítimas das chuvas e enchentes no Vale do Taquari
Da Redação / Publicado em 12 de setembro de 2023

 

Cozinha Solidária do MST distribui alimentos a vítimas do ciclone

Cozinha Solidária do MST montada três dias depois do ciclone distribui 10 mil marmitas para famílias atingidas em Encantado

Foto: Alexandre Garcia/ MST

Três dias depois da passagem de um ciclone que provocou chuvas intensas e alagamentos a partir de 4 de setembro no estado, a Cozinha Solidária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio Grande do Sul começou a distribuição de alimentos na região atingida. Desde o dia 7, a mobilização já entregou mais de 10 mil marmitas nas comunidades mais afetadas pelas cheias. A iniciativa distribui alimentos na região de Encantado, no Vale do Taquari, região mais afetada pelo ciclone.

A exemplo do que fizeram durante a pandemia, os sem-terra mobilizaram militantes e voluntários na montagem e entrega das marmitas feitas com alimentos produzidos nos assentamentos da reforma agrária.

Cozinha Solidária do MST distribui alimentos a vítimas do ciclone

Assentados e voluntários preparam alimentos com produtos da reforma agrária

Foto: Alexandre Garcia/ MST

Dezenas de pessoas do movimento, acampados e assentados, integrantes do Levante Popular da Juventude, se deslocaram para ajudar na produção de alimentos que o movimento distribui em situações de emergência. Também contam todos os dias com dezenas de voluntários da comunidade que se uniram para montar e entregar as marmitas.

“Viemos para essa tarefa humanitária com quantidade expressiva de produtos da reforma agrária, produtos orgânicos, vindos de cooperativas dos assentamentos do MST da região Metropolitana e ficaremos aqui”, afirma o assentado Marildo Molinari.

A solidariedade faz parte do acúmulo histórico da entidade. “Sempre recebemos solidariedade quando nossa turma está nas marchas e ocupações, agora estamos devolvendo para sociedade tudo aquilo que nós podemos fazer. Sabemos que é pouco diante da dimensão da tragédia que está ocorrendo aqui, chega ser difícil explicar a dimensão”, avalia Cedenir Oliveira, da direção nacional do MST no estado.

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