MOVIMENTO

Ato em defesa da vida das mulheres será nesta quinta-feira, 14

A concentração, liderada pela CUT-RS, terá início às 16 horas no Pop Center (camelódromo) com deslocamento para a Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre
Da Redação / Publicado em 13 de março de 2024
Ato em defesa da vida das mulheres será nesta quinta-feira, 14

Ilustração: Fredy Varela/CUT-RS/Divulgação

Fragmento da capa do Gibi das Mulheres, construído pela CUT-RS em parceria com vários sindicatos e federações e que retrata as principais lutas enfrentadas pelas mulheres no mundo do trabalho. A publicação será distribuída durante o ato

Ilustração: Fredy Varela/CUT-RS/Divulgação

Devido ao mau tempo na cidade, com possibilidade de alagamentos, na última sexta-feira (dia 8 de março) o ato 8M Unificado em defesa da vida das mulheres e pelo fim da violência foi transferido para esta quinta-feira, 14. A concentração, liderada pela CUT-RS, terá início às 16 horas no Pop Center, popularmente conhecido como camelódromo, se deslocando em seguida até a esquina democrática.

Suzana Lauermann, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, abordou a importância do evento e a persistente batalha contra a violência de gênero, particularmente intensificada durante o governo Bolsonaro.

“Depois do que vivemos com o governo Bolsonaro, que atacou de forma cruel, principalmente as mulheres, ter de volta o Ministério da Mulher, com a ministra Cidinha, traz a visão da importância de políticas públicas para as mulheres do Brasil. Temos esperança de mudanças, mas o enfrentamento à violência continua forte e duro”, afirmou Suzana.

No ato será distribuído o gibi das mulheres, construído pela CUT-RS em parceria com vários sindicatos e federações, que retrata as principais lutas enfrentadas pelas mulheres no mundo do trabalho. Os desenhos são do cartunista Fredy Varela, de Caxias do Sul. O gibi pode ser acessado na seção publicações do site da CUT-RS.

Violência contra a mulher no RS

Dados alarmantes de 2023 revelam que o Rio Grande do Sul é um estado onde a violência contra as mulheres persiste, seja através de agressões ou feminicidios. A cultura machista do estado é apontada como um dos fatores que contribuem significativamente para esses números alarmantes.

Segundo o relatório divulgado pelo polícia civil, a realidade dos números envolvendo feminicídios no Rio Grande do Sul durante todo o ano passado,foi de 87 mortes registradas em 62 municípios. Em comparação a 2022, houve diminuição de 21,1% nos casos, mas ainda é pouco.

Suzana ressaltou ainda a importância de pautas como a Convenção 190 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a luta pelo fim do assédio. Ela enfatizou que, além dos casos de morte e o medo do feminicídio,o assédio moral e sexual no trabalho é uma realidade das mulheres, das quais muitas não têm coragem de denunciar.

Palestina

Além das questões nacionais, Suzana chamou a atenção para a situação na Palestina, destacando a tentativa de dizimar um povo através da violência contra mulheres e crianças. A questão da Palestina é uma das muitas pautas que serão abordadas durante o 8 de março, que contará com a participação de diversos movimentos feministas.

Este ato promete ser mais do que uma manifestação, sendo um espaço para denúncias, conscientização e reafirmação do compromisso com a igualdade e a justiça para todas as mulheres.

*Com informações da CUT-RS.

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