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Cozinhas emergenciais da capital recebem primeiras cestas do governo federal

MDS e Conab já entregaram 8.460 cestas a cozinhas emergenciais que estão preparando refeições para pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul
Por César Fraga / Publicado em 9 de maio de 2024

Cozinhas emergenciais da capital recebem primeiras cestas do governo federal

Foto: Conab/Divulgação

Foto: Conab/Divulgação

Pelo menos 8. 460 cestas de alimentos já chegaram às cozinhas emergenciais que estão preparando refeições para pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul por ações do governo federal.

Na última quarta-feira, 8, 460 cestas foram distribuídas em cozinhas emergenciais de Porto Alegre. No primeiro dia da ação foram contemplados o Coletivo Preta Velha, o Fórum Fome Zero e a Comunidade Terreira Ile Axe Iyemonjo Omi Olodo.

Nesta quinta, 9, foram entregues mais 100 cestas de alimentos para a Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), em Porto Alegre, que também abastece uma rede de cozinhas solidárias. Além de fornecer 1.000 refeições ao dia, a CUT está acolhendo pessoas desalojadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à fome (MDS), Wellington Dias, e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto também farão uma visita ao abrigo montado pela CUT-RS.

A ação em Porto Alegre faz parte da atuação conjunta da Conab e do MDS para atender as famílias que foram obrigadas a deixar suas casas devido a situação de catástrofe climática que assola o estado. Nesta quinta, o presidente da Conab Edegar Pretto e o ministro Dias

Na primeira etapa, estão previstas 52 mil cestas destinadas ao Rio Grande do Sul, mas o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) está providenciando a aquisição de mais 45 mil unidades.

“Iniciamos a distribuição das primeiras cestas de alimentos que adquirimos em parceria com o MDS. Estamos abastecendo prioritariamente os abrigos, que estão acolhendo cerca de 49 mil pessoas que saíram de suas casas. Esses locais estão sendo atendidos pelas cozinhas solidárias, numa grande rede de solidariedade que se formou no país”, afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto, que acompanhou as primeiras entregas de alimentos.

Os municípios em situação de calamidade pública reconhecida também vão receber as cestas de alimentos, sendo necessário que as prefeituras encaminhem o pedido à Companhia, via e-mail (rs.sureg@conab.gov.br).

Nesta primeira etapa, serão 52 mil cestas destinadas ao Rio Grande do Sul, mas o MDS está providenciando a aquisição de mais 45 mil unidades. “A Conab está preparada para garantir o básico, que é a alimentação, para quem tiver necessidade. O nosso limite é a necessidade”, disse Pretto.

A Cozinha Coletivo Preta Velha, no bairro Santa Tereza, recebeu neste primeiro momento 50 cestas de alimentos. A rede do Coletivo atende as regiões atingidas pelas inundações em Porto Alegre e Canoas. Para Mylena Soares da Rosa, coordenadora do Coletivo, a ação da Conab e do MDS é fundamental para atender as necessidades das pessoas resgatadas.

“Esta ação é de suma importância. Temos uma rede de cozinhas que faz as marmitas para levar para as pessoas que foram resgatadas. As pessoas chegam com muita fome e, nas casas que estão acolhendo, não tem água para cozinhar”, explicou.

Para o Fórum Fome Zero, na Vila Nova, a Conab entregou 310 unidades. A cozinha serve diariamente, em média, 3.100 refeições. Na Comunidade Terreira Ile Axe Iyemonjo Omi Olodo, que produz 1.000 refeições diárias, foram entregues 100 cestas de alimentos.

As cestas de alimentos estão sendo depositadas na Unidade Armazenadora da Conab, em Canoas. Cada unidade tem 21,5 kg e é composta de dez itens: arroz (10 kg), feijão carioca (3 kg), leite em pó integral instantâneo (2 kg), óleo de soja (900 ml), farinha de trigo (1 kg) ou farinha de mandioca (1 kg), macarrão espaguete comum (1 kg), fubá de milho (1 kg), açúcar cristal (1 kg), sardinha em óleo comestível (500 g) e sal refinado e iodado (1 kg).

Sobre as entidades

O Ilê Asé Iyemonjá Omi Olodô atua em prol da comunidade desde 1993 e desenvolve um programa social nacionalmente premiado que inclui diretamente mais de 500 pessoas vivenciadoras de religiões afro-brasileiras, entre crianças, jovens e mulheres. A organização é promotora da Marcha Estadual pela Vida e Liberdade Religiosa. Na RenafroSaúde, promove encontros e debates sobre saúde da população negra, prevenção ao HIV e Aids, e atua nas ações de direitos humanos como a luta pela legitimidade do casamento afro-religioso, o enfrentamento à intolerância religiosa e ao racismo institucional em espaços de saúde pública.

O Coletivo Preta Velha, fundado em 2020, é uma organização não governamental (ONG) que luta pelos direitos das pessoas das periferias.  O coletivo se dedica a promover ações de assistência social, cultural e política para a comunidade. O Coletivo ocupa um antigo prédio escolar na Vila Cruzeiro, que foi fechado pelo governo. O espaço foi transformado em um centro comunitário que oferece diversos serviços para a comunidade, incluindo cursos, workshops, eventos culturais e assistência social. Mesmo antes da catástrofe climática do RS, diariamente, a ONG atua na comunidade distribuindo roupas e alimentos para as famílias e situação de vulnerabilidade da região da Vila Cruzeiro. Também oferecem aulas de recuperação, dança e capoeira para as crianças da comunidade. A distribuição de comida é o carro-chefe desde a pandemia. A Ong informa que precisa de roupas, cobertas, material de limpeza e higiene pessoal, lonas, água mineral. A organização fica na Rua Gabriel Fialho Camargo, 50. Doações também podem ser feitas via PIX: 47083953000124 (CNPJ Preta Velha).

Já o Fórum Fome Zero, também conhecido como Fome Zero Poa é uma ONG que conta com uma rede de 40 núcleos organizados em comunidades periféricas de Porto Alegre e da Região Metropolitana com atendimento social, focado principalmente na redução dos efeitos da insegurança alimentar nas populações mais vulneráveis.

Governo simplificou solicitação de cestas aos municípios atingidos

O governo federal simplificou a solicitação de cestas de alimentos aos municípios gaúchos afetados pelas enchentes. A Portaria nº 983, publicada pelo MDS na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira, 8, autoriza excepcionalmente as prefeituras de cidades em estado de calamidade pública reconhecido a substituir o Termo de Aceite pelo Ofício de Demanda.

Em uma ação conjunta do MDS e da Conab 97 mil cestas serão distribuídas no estado para atender as famílias atingidas pelas fortes enchentes. As cestas de alimentos começaram a chegar ao Rio Grande do Sul e serão depositadas na Unidade Armazenadora da Conab em Canoas (RS) de onde serão destinadas aos municípios e às cozinhas que estão preparando refeições para as pessoas desabrigadas.

Cada cesta tem 21,5 kg de alimentos e é composta de dez itens: arroz (10 kg), feijão carioca (3 kg), leite em pó integral instantâneo (2 kg), óleo de soja (900 ml), farinha de trigo (1 kg) ou farinha de mandioca (1kg), macarrão espaguete comum (1 kg), fubá de milho (1 kg), açúcar cristal (1 kg), sardinha em óleo comestível (500 g) e sal refinado e iodado (1 kg).

CONAB – A Conab é uma empresa pública vinculada ao governo federal com sede em Brasília e integra o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. A empresa está presente em todas as regiões brasileiras, com superintendências nos 26 estados e no Distrito Federal, além de 64 Unidades Armazenadoras (UA), como armazéns convencionais, graneleiros, etc, que são capazes de estocar diversos produtos agrícolas e garantir o suprimento alimentar da população. Sua missão é prover inteligência agropecuária e participar da formulação e execução de Políticas Públicas, contribuindo para a regularidade do abastecimento e formação de renda do produtor rural.

Saiba como demandar cestas de alimentos para cozinhas emergenciais no RS

Cozinhas emergenciais da capital recebem primeiras cestas do governo

Foto: MDS/Divulgação

As solicitações podem ser feitas à Superintendência Regional da Conab no estado. Equipamentos sem CNPJ também poderão ser atendidos

Foto: MDS/Divulgação

Cozinhas Emergenciais responsáveis pelo preparo de refeições nos municípios com reconhecimento federal de estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul podem demandar cestas de alimentos, disponibilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

As solicitações podem ser feitas à Superintendência Regional da Conab no estado, por meio do endereço eletrônico rs.sureg@conab.gov.br, ou via Whatsapp (51) 3414-4101 ou (51) 3314-4160. Cada cesta é composta por 21,5 Kg de alimentos.

Para tanto, basta que o responsável pela Cozinha encaminhe aos canais o Pedido de Doação de Alimentos (PDA), para indicação dos dados básicos necessários para o atendimento, como identificação do demandante, número médio de refeições diárias preparadas/planejadas e estimativa de pessoas beneficiadas por dia.

Cozinhas que não possuam inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) também poderão ser atendidas, e não há necessidade de habilitação prévia junto ao MDS.

Os números telefônicos indicados também podem ser utilizados para esclarecimento de dúvidas eventuais, com contato com a superintendente regional da Conab do Rio Grande do Sul, Luzia Rosalina Teixeira, ou com o gerente de Operações, Gilson da Costa Pereira.

Após aprovação do pleito, a Cozinha demandante deve providenciar a retirada das cestas de alimentos na Unidade Armazenadora da Conab em Canoas (RS), no endereço abaixo:

Unidade de Armazenadora de Canoas 
Endereço: Rua Santo Antônio, 465 – Mato Grande – Canoas/RS
CEP: 92320-210
Horário de Funcionamento: das 8h às 12h e das 13h às 17h
Gerente: Bráulio Antônio Mocellin
Telefone: (51) 3314-4190

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