MOVIMENTO

Marcha da Classe Trabalhadora apresenta agenda e quer revogar medidas tomadas por Temer e Bolsonaro

Representantes das mais diversas categorias de todo o Brasil se fizeram presentes em Brasília para cobrar medidas que vão da garantia de empregos ao desenvolvimento do país
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 22 de maio de 2024
Marcha da Classe Trabalhadora apresenta agenda e quer revogar medidas tomadas por Temer e Bolsonaro

Foto: Gilberto Soares/ CUT/ Divulgação

Representantes das mais diversas classes de trabalhadores se mobilizaram para a Marcha na Esplanada dos Ministérios

Foto: Gilberto Soares/ CUT/ Divulgação

Trabalhadores e trabalhadoras das mais variadas regiões do Brasil realizaram nessa quarta-feira, 22, marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Entre os objetivos da mobilização, apresentar uma agenda que garanta pleno emprego, melhores salários e desenvolvimento econômico e social para o país ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao Congresso Nacional.

A Marcha da Classe trabalhadora foi uma deliberação do Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizado em outubro de 2023 e acontece ao meio da tradicional Marcha dos Prefeitos que iniciou no último dia 20 e se encerrará no dia 23.

Outras centrais e entidades representativas dos trabalhadores se somaram à iniciativa. Entre as diversas categorias mobilizadas estavam professores federais em greve e particulares do Distrito Federal (DF) que realizaram assembleia e paralisação para participar do ato e aquecer a mobilização de sua campanha salarial para este ano.

“Maravilhoso e histórico. A gente deu uma demonstração de unidade, de força”, declarou o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre. Para o dirigente, a “luta institucional é importante, mas povo na rua é determinante”. Nobre lamentou que a representação dos trabalhadores no Congresso Nacional é minoritária.

Revogação de medidas

Foto: Juliana Carvalho/ Divulgação

Mobilização pediu revogação de medidas contrárias ao povo brasileiro adotadas nos governos Temer e Bolsonaro

Foto: Juliana Carvalho/ Divulgação

Para os trabalhadores presentes na marcha é imprescindível a revogação do que chamam de medidas contrárias ao povo brasileiro adotadas por Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) no exercício da presidência da República. Em especial, a reforma trabalhista, a lei da terceirização e a Reforma da Previdência.

Outra questão importante é a retirada da pauta do Congresso Nacional do Projeto de Emenda Constitucional 32, a chamada Reforma Administrativa. Apresentada pelo governo Bolsonaro, ela, segundo os trabalhadores, objetiva destruir os serviços públicos.

Integrante da executiva nacional da CUT e Secretário adjunto de Gênero, Raça, Juventude e Orientação Sexual da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Ismael José César, lembra que a central, suas confederações e sindicatos “foram decisivos para barrar a tramitação desse projeto no governo passado, no entanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira, ameaça recolocar novamente em pauta essa matéria”.

“Como havia previsto a Presidenta Dilma Rousseff, o golpe de 2016 foi contra o povo, assim como todos os ataques desferidos por Temer e Bolsonaro, a Reforma Administrativa é parte desse ataque que pretende destruir os serviços públicos, privatizar o que for possível e piorar as condições de vida da população”, afirma César.

Agenda jurídica na marcha

Marcha da Classe Trabalhadora apresenta agenda e quer revogar medidas tomadas por Temer e Bolsonaro

Arte: CUT/ Divulgação

Agenda Jurídica das Centrais Sindicais no STF

Arte: CUT/ Divulgação

Foi lançada durante a Marcha da Classe Trabalhadora, a Agenda Jurídica das Centrais Sindicais no Supremo Tribunal Federal (STF) – 2024. O documento foi elaborado pelo Instituto Lavoro, com a coordenação técnica do LBS Advogadas e Advogados.

Com 200 páginas, a publicação é dividida por tema e destaca os principais processos que podem impactar a vida dos trabalhadores brasileiras na Suprema Corte.

Além da CUT Nacional, estampam a capa da agenda a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Intersindical, Nova Central (NST), Pública – Central do servidor e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

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