POLÍTICA

Governo recua e já admite adiar reforma da Previdência

Presidentes da Câmara e do Senado fizeram acordo para retirar da agenda a votação da PEC 287 / Publicado em 13 de dezembro de 2017
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou no final da tarde de quarta-feira o acordo entre os presidentes da Câmara e do Senado para votar reforma da Previdência em fevereiro de 2018, após o fim do recesso parlamentar

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou no final da tarde de quarta-feira o acordo entre os presidentes da Câmara e do Senado para votar reforma da Previdência em fevereiro de 2018, após o fim do recesso parlamentar

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Apenas duas horas depois que a Comissão Executiva do PSDB e integrantes das bancadas do partido decidiram fechar questão a favor da aprovação da reforma da Previdência, com a ressalva de que deputados dissidentes não sofreriam punições, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) anunciou às 18h desta quarta-feira um acordo firmado entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) para que a votação da reforma seja adiada para 2018.

A apreciação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que aumenta o tempo de contribuição de todos os trabalhadores e inviabiliza a aposentadoria da maioria dos brasileiros, seria agendada nesta quinta-feira por Maia (DEM-RJ), mas diante da falta de apoio no Congresso, ficaria para fevereiro, conforme Jucá.

O recuo coincide com o aumento da pressão popular e das manifestações dos movimentos sociais contra a reforma, como o estado de greve declarado pelas centrais sindicais e por diversos sindicatos e a greve de fome iniciada no dia 5 de dezembro em Brasília, com adesão dos movimentos sociais nos estados. O recuo do governo já vinha sendo sinalizado nos últimos dias por líderes da base aliada. Como a proposta altera a Constituição, precisa ter ao menos 308 votos favoráveis em dois turnos na Câmara e também no Senado. Além da posição do PSDB, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que não representa todos os votos favoráveis da bancada, o governo conta com PMDB, PPS e PTB.

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