POLÍTICA

Onix extingue Ministério do Trabalho mais uma vez

Em nova declaração, em meio a muitas idas e vindas diárias, futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro anuncia nova extinção do MTE
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 3 de dezembro de 2018
O ministro extraordinário do governo de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, fala à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro extraordinário do governo de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, fala à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Marcado por uma série de recuos no processo de transição, o futuro governo Bolsonaro anuncia mais uma vez a extinção do Ministério do Trabalho e Emprego. Em entrevista nesta, segunda-feira,  3, à rádio Gaúcha, o futuro ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni, afirmou que a pasta será loteada entre os ministérios da Economia, da Justiça e da Cidadania.

Coordenador da transição, Lorenzoni disse que as “funções” do Trabalho permanecerão nesses três ministérios.

Com promessa de campanha de reduzir os atuais 29 ministérios para 15, mesmo com a extinção do MTE, Bolsonaro deverá ter 22 ministros. Até o momento, 20 foram anunciados. As pastas do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos ainda estão em aberto.

Em 13 de novembro passado, o presidente eleito recuou ao anúncio que fez de extinção do MTE. “O Trabalho vai continuar com status de ministério. Não vai ser secretaria, não … Vai ser ministério disso, disso e trabalho”, afirmou Bolsonaro na ocasião.

Aliado de primeira hora de Bolsonaro, Lorenzoni já foi desautorizado duas vezes pelo futuro presidente. No início da transição, após declarar com veemência o fim da pasta do Meio Ambiente, por pressão do agronegócio, Lorenzoni engoliu a volta atrás de seu chefe; a última bola nas costas que levou foi quando o parlamentar gaúcho prometeu, com todas as letras, que a bancada evangélica iria indicar o ministro da Educação, o que não aconteceu.

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