POLÍTICA

Autora dos disparos de fake news ganha cargo no Planalto

Taíse de Almeida Feijó era contratada pelo partido do presidente eleito (PSL) para a disseminação de informações falsas pelo WhatsApp durante as eleições. Agora, receberá salário de R$ 10,3 mil
Por Redação / Publicado em 18 de janeiro de 2019

Foto: Pexels

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A funcionária da agência de comunicação contratada partido do presidente eleito (PSL) para a disseminação de fake news pelo WhatsApp durante o pleito eleitoral foi nomeada assessora de gabinete do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno. A nomeação de Taíse de Almeida Feijó foi publicada no Diário Oficial da União, de segunda-feira, 14 de janeiro de 2019.

Foto: Reprodução Diário Oficial da União

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Taíse receberá um salário de cerca de R$ 10,3 mil e será acompanhada de perto por Bebianno, um dos principais nomes à frente da campanha eleitoral de Bolsonaro.
Considerados determinantes para o resultado eleitoral, as mensagens disparadas em massa pelo Whatsapp pagas por recursos de empresários – prática considerada ilegal por configurar Caixa 2 – eram contratados por Taíse, segundo a agência AM4 Brasil inteligência Digital afirmou à reportagem da Folha de São Paulo, que apurou a nomeação. Ao todo, foram pagos R$ 650 mil para a AM4 atuar na campanha de Jair Bolsonaro.

Em nota, o órgão respondeu aos questionamentos da reportagem da Folha alegando que a contratação de Taíse teve como base “critérios técnicos, após avaliação curricular e entrevista”.

No entanto, a nomeação da ex-funcionária é mais uma a sugerir favorecimento político no governo de Bolsonaro, que tem promovido aos cargos amigos e parentes, como Carlo Victor Guerra Nagem, novo gerente executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras e “amigo-particular” do mandatário; Antônio Mourão, filho do vice-presidente, o general da reserva Hamilton Mourão, promovido a assessor especial da presidência do Banco do Brasil; e Alex Carreiro, nomeado para direção da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex) mesmo sem saber falar em inglês, uma das exigência do cargo, mas que logo depois marcou também como mais um dos recuos de Bolsonaro e foi demitido.

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