POLÍTICA

Manuel Castells será o novo ministro da educação na Espanha

O sociólogo vinha sendo cotado ao cargo no governo de coalizão entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) com o Unidos Podemos, do primeiro ministro Pedro Sanchez
Por Edimar Blazina / Publicado em 6 de janeiro de 2020

Foto: divulgação

Manuel Castells é o principal analista da era da informação e das sociedades conectadas em rede

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Manuel Castells aceitou o convite do novo governo da Espanha para assumir o Ministério da Educação Superior. Castells é doutor em sociologia pela Universidade de Paris, economista é especialista em comunicação e planejamento urbano e regional, pesquisador dos efeitos da informação sobre a economia, a cultura e a sociedade em geral. Ele integrará a equipe que está sendo montada pelo premiê Pedro Sánchez e pelo futuro vice-premiê Pablo Iglesias.

O sociólogo vinha sendo cotado ao cargo no governo de coalizão entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) com o Unidos Podemos, do primeiro ministro Pedro Sanchez. A confirmação se deu nesta segunda-feira, 6 de janeiro, em uma rede social pelo Instituto Novos Paradigmas (INP). “Castells justifica o aceite porque entende que deve colaborar com a nova experiência democrática em seu país”, diz a nota. O novo ministro é conselheiro do INP e confirmou o fato em conversa com o presidente do conselho do Instituto, Tarso Genro.

Em crise política desde 2015, o governo de Sánchez busca encerrar a instabilidade espanhola iniciada nas eleições de abril do ano passado, reforçada pelo fracasso da formação de um governo e a repetição das eleições em 10 de novembro. O Unidos Podemos, partido do vice Pablo Iglesias, deve liderar as pastas sociais do governo. Além de Castells, estão cotados Alberto Garzón, para o Ministério de Consumo, Irene Montero, como Ministra da Igualdade e Yolanda Díaz, como chefe do trabalho.

Perfil – Manuel Castells é o principal analista da era da informação e das sociedades conectadas em rede, sua obra virou referência na discussão das transformações sociais do final do século XX. É autor de dezenas de livros com destaque para a trilogia A era da informação, composta por A sociedade em rede, O poder da identidade e Fim de milênio. Seu livro Redes de indignação e esperança relaciona as novas formas de comunicação da sociedade em rede, apontando caminhos para que a autonomia comunicacional das telas se expanda à realidade social como um todo.

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