POLÍTICA

Ministro do Trabalho e Emprego critica exploração de trabalho escravo no RS

Após flagrantes na Serra e na Fronteira, Luiz Marinho cumpre agendas no estado contra a exploração de trabalho escravo pelo agronegócio
Da Redação / Publicado em 20 de março de 2023

Foto: Divulgação

Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho cumpre agendas contra exploração do trabalho escravo no RS

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No estado para uma agenda de dois dias de reuniões e debates pelo fim do trabalho escravo, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, teve um encontro na manhã desta segunda-feira, 20, com o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira (PSDB), deputados federais e estaduais e dirigentes da Central Única dos Trabalhadores.

Na noite de 22 de fevereiro, uma força-tarefa da Polícia Federal (PF), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT/RS) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou 207 trabalhadores mantidos em condições análogas ao trabalho escravo nas vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton.

No dia 13 de março, 82 outra denúncia de trabalho escravo no estado levou ao resgate de 82 jovens submetidos a condições degradantes em lavouras de arroz de Uruguaiana.

“O enfrentamento ao trabalho em situação análoga à escravidão receberá de nosso governo o nível máximo de prioridade. As operações como as que libertaram mais de duas centenas de trabalhadores que se encontravam nessas condições trabalhando para vinícolas no Estado seguirão sempre que a nossa fiscalização se deparar com essa realidade ou que denúncias chegarem ao nosso ministério. O retrocesso aos tempos da incivilidade ficou preso aos últimos quatro anos”, afirmou Marinho em artigo.

O ministro reafirmou que a precarização e a exploração não combinam com a sociedade moderna e que a violência dessas situações é inaceitável. “E todos perdem. Perdem os trabalhadores e trabalhadoras, que se veem coisificados, com direitos desrespeitados, saúde debilitada, vidas em risco, destruídos em suas dignidades”.

Marinho acrescentou que o trabalho é prejudicial também aos “empresários sérios, que sofrem com a concorrência desleal e com a mácula que a prática despeja sobre o seu segmento”. Ele relacionou perdas de mercado local e mundial e de valor de marcas por empresas que cometem esse crime.

No final da tarde, o ministro participou da audiência pública “Trabalho decente, sim! Trabalho escravo, não!”, da Comissão de Economia da Assembleia Legislativa, no Teatro Dante Barone, em Porto Alegre.

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