SAÚDE

Brasil tem 9 mil infectados e 360 mortes por coronavírus

Mais de 1,7 mil estão hospitalizados por covid-19. Índice de letalidade da infecção, que relaciona o total de óbitos com o contágio global, aumentou de 3,5% para 3,8% e atingiu 4%
Da Redação / Publicado em 3 de abril de 2020
Os ministros da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, da Casa Civil, Walter Braga Netto; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos e da Secretaria-Geral, Jorge de Oliveira; participam de coletiva no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento ao covid-19

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Os ministros da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, da Casa Civil, Walter Braga Netto; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos e da Secretaria-Geral, Jorge de Oliveira; participam de coletiva no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento ao covid-19

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Distrito Federal, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas são as unidades mais atingidas pela pandemia

Arte: Ministério da Saúde

Distrito Federal, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas são as unidades mais atingidas pela pandemia

Arte: Ministério da Saúde

O número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no país aumentou de 7.910 para 9.056 nas últimas 24 horas, período em que o ministério da Saúde recebeu 360 notificações de mortes pela covid-19. Nas últimas horas, ocorreu uma evolução de 15% no contágio, com 1.146 novos casos e mais 60 óbitos. A atualização da equipe da Saúde é feita diariamente no início da tarde, ou seja, os números oscilam até o final do dia com a continuidade das notificações pelas secretarias estaduais de Saúde. O Rio Grande do Sul registrou à noite 14 novos casos de coronavírus. O estado tem 410 (233 em Porto Alegre) notificações de contágio e seis óbitos.

Participam da coletiva de imprensa no Palácio do Planalto os ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto; da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; da Secretaria-Geral, Jorge de Oliveira; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; e da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário.

Nas últimas horas, ocorreu uma evolução de 15% no contágio, com 1.146 novos casos e mais 60 óbitos

Arte: Ministério da Saúde

Nas últimas horas, ocorreu uma evolução de 15% no contágio, com 1.146 novos casos e mais 60 óbitos

Arte: Ministério da Saúde

O índice de letalidade da infecção, que relaciona o total de óbitos com o contágio global, aumentou de 3,5% para 3,8% e atingiu nesta sexta-feira 4%. Do total, 57,7% eram homens e 42,3%, mulheres – 85% das vítimas tinham mais de 60 anos de idade. Já com relação às doenças de pessoas que morreram devido ao contágio por coronavírus, 164 tinham alguma cardiopatia, 114 eram diabéticos, 45 tinham algum comprometimento respiratório e outros 30 apresentavam patologias neurológicas. As hospitalizações por covid-19 totalizam 1.769.

Os casos fatais ocorreram em São Paulo (219), Rio de Janeiro (47), Ceará (22), Pernambuco (10), Amazonas (7), Minas Gerais (6), Distrito Federal (5), Bahia (5), Rio Grande do Sul (5), Santa Catarina (5), Paraná (4), Piauí (4), Espírito Santo (4), Rio Grande do Norte (4), Sergipe (2), Alagoas (2), Goiás (2), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1), Mato Grosso (1), Pará (1), Paraíba (1) e Rondônia (1). O estado com maior incidência de contágio por coronavírus são o Distrito Federal (13,2%), São Paulo (8,7%), Ceará (6,8%) e Rio de Janeiro e Amazonas, ambos com 6,2% do total de casos de infecção pelo vírus e que estão em tratamento. O ministério reconsiderou uma informação divulgada na quarta-feira que remetia para 23 de janeiro o primeiro contágio e manteve o caso 1 da pandemia em 25 de março.

Ao lado do ministro da Controladoria-Geral, Wagner Rosário, Mandetta afirmou que não deixa o cargo e reafirmou: "fiquem em casa e cuidem dos idosos"

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Ao lado do ministro da Controladoria-Geral, Wagner Rosário, Mandetta afirmou que não deixa o cargo e reafirmou: “fiquem em casa e cuidem dos idosos”

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

POPULARIDADE – Alvo de ataques de Jair Bolsonaro ao longo da semana por bancar o isolamento social contra a vontade do presidente, o ministro da Saúde disse que não irá deixar o cargo. Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira indica que a aprovação do Ministério da Saúde no combate ao novo coronavírus é mais que o dobro da registrada pelo presidente Jair Bolsonaro. O levantamento foi feito de 1º a 3 de abril e entrevistou 1.511 pessoas por telefone. O ministro é bem avaliado por 76% e o presidente, por 33%.

Na coletiva, Mandetta respondeu a jornalistas que “médico não abandona paciente” e que entende as pressões de empresários e da política e a cobrança de solução rápida para a economia.  Ele não descartou sair do ministério no futuro. “O caso é uma situação global que nos desafia a todos, e estamos aqui para trabalhar, para ajudar. Se depois que isso terminar, tenho certeza que por qualquer uma das situações, talvez seja mais importante ir debater o sistema de saúde pós-covid em outro lugar. Mas no momento, eu vou estar ali. E vamos ter dias ruins”, projetou.

O ministro defendeu que as pessoas atendam às recomendações dos governadores dos seus estados, que têm os melhores números e avaliações sobre a realidade das suas localidades. “Sociedades que conseguiram código de comportamento restrito, conseguiram passar sem a espiral alta. As que não conseguiram, tiveram colapso. E quando acontece isso, a economia sofre muito mais”, alertou.

São Paulo triplica número de casos fatais em uma semana

O Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira, 219 óbitos relacionados ao novo coronavírus. O número é três vezes maior que o da última sexta, quando a Secretaria Estadual da Saúde contabilizava 68 mortes. Os casos confirmados de contágio também quadruplicaram, saltando de 1.223 para 4.048.

Os óbitos concentram-se em 25 cidades, sendo que oito delas tiveram hoje a confirmação do primeiro óbito, sendo: Barueri, Carapicuíba, Diadema, Itapecerica da Serra, Franco da Rocha e Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo; além de Jaboticabal e Cravinhos, na região de Ribeirão Preto. O total de municípios com pelo menos um óbito são: São Paulo, São Bernardo do Campo, Osasco, Cotia, Guarulhos, Santo André, Sorocaba, Arujá, Barueri, Caieiras, Campinas, Carapicuíba, Cravinhos, Diadema, Embu das Artes, Franco da Rocha, Itapecerica da Serra, Jaboticabal, Mogi das Cruzes, Ribeirão Preto, São Caetano do Sul, São Sebastião, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.  O total soma 121 homens e 98 mulheres.

O Instituto Adolfo Lutz realizou nas últimas 24h uma força-tarefa para diagnosticar todos os óbitos considerados suspeitos que estavam no Instituto Adolfo Lutz. Das 201 amostras que estavam aguardando resultado, 32 testaram positivo para covid-19, 132 foram negativos e 37 inadequadas, ou seja, a unidade municipal de saúde que realizou a coleta não manteve as amostras em temperatura adequada ou não havia amostras suficientes para análise.

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