SAÚDE

Mais cinco regiões do estado têm alerta para Covid-19

Rio Grande do Sul totaliza nove regiões na bandeira vermelha, com alto risco de contágio pelo novo coronavírus, segundo a 8ª rodada do Distanciamento Controlado
Da Redação / Publicado em 26 de junho de 2020
Movimento na orla do Guaíba, no último domingo: Porto Alegre permanece com a classificação de alto risco de contágio

Foto: Redes Sociais/ Reprodução

Movimento na orla do Guaíba, no último domingo: Porto Alegre permanece com a classificação de alto risco de contágio

Foto: Redes Sociais/ Reprodução

Além das quatro regiões que já estavam na bandeira vermelha, classificadas com alto risco de contágio pelo novo coronavírus, o mapa do Distanciamento Controlado elaborado pela Secretaria de Saúde (SES/RS) com base nas notificações aponta um aumento nos indicadores em outras cinco regiões: Caxias do Sul, Erechim, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo. Somadas a Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo e Canoas, o estado passa a ter nove regiões na bandeira vermelha na rodada preliminar do modelo, divulgada nesta sexta-feira, 26. No mapa preliminar, dos 301 municípios abrangidos pela bandeira vermelha, 186 poderão adotar protocolos de classificação laranja. O estado tem 24.114 casos confirmados – 1.093 nas últimas 24 horas – e 540 mortes.

Somente as regiões de Taquara e Bagé se encontram em bandeira amarela (risco baixo). As regiões de Santa Maria, Uruguaiana, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Pelotas, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado estão em bandeira laranja (risco médio). As de Santa Rosa, que estava classificada com a bandeira amarela, passou para laranja nesta rodada.

 

Arte: SES/RS

Arte: SES/RS

As regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa permanecem em bandeira vermelha pela segunda semana consecutiva. Depois de uma semana com classificação de alto risco, Caxias passou para bandeira laranja nesta semana e voltou para o alerta de risco alto de contágio.

De acordo com o sistema, as cinco regiões com bandeira vermelha por duas semanas consecutivas ou alternadas no prazo de 21 dias só podem ser reclassificadas para bandeira menos restritiva depois de preencherem os requisitos por, pelo menos, dois períodos consecutivos de mensuração.

Decreto 55.322 permite que municípios sob bandeira vermelha sem registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de algum morador nos últimos 14 dias e que mantenham rigorosamente atualizados os registros nos sistemas oficiais poderão adotar, por meio de regulamento próprio, protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja. No mapa preliminar da oitava semana, de um total de 301 municípios abrangidos pela bandeira vermelha, 186 poderão adotar protocolos previsto na classificação laranja. O prazo para o envio de recursos termina às 8h de domingo, 28. Até a tarde de segunda-feira, 29, o Gabinete de Crise deverá analisar os dados enviados e rodar o mapa novamente. A definição será divulgada à tarde. As bandeiras definitivas passam a valer a partir de terça-feira, 30.

O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou aumento de 20%, passando de 512 para 613. O número de internações em leitos clínicos passou de 365 para 478, crescimento de 31%.

De acordo com a SES/RS, as internações em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram de 366 para 459. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, que alcançou 3.340. O total de leitos liberados caiu de 587 para 264.

Um dos principais fatores que levaram a consolidação das bandeiras vermelhas e laranja é o agravamento do indicador de capacidade de atendimento (número de leitos de UTI livres para cada leito ocupado por pacientes de Covid-19), mensurada em todo o estado.

Em Porto Alegre, um dos pontos de coleta foi no arroio Dilúvio, na área central da cidade

Foto: Manuel Loncan / Fepam

Em Porto Alegre, um dos pontos de coleta foi no arroio Dilúvio, na área central da cidade

Foto: Manuel Loncan / Fepam

Pesquisa aponta presença de coronavírus em esgotos

Uma pesquisa da Secretaria da Saúde (SES/RS) em parceria com a Universidade Feevale e outras instituições comprovou a presença de coronavírus em águas de esgotos domésticos e hospitalares do Rio Grande do Sul. O projeto de vigilância ambiental é coordenado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e tem a finalidade de obter informações sobre a circulação do vírus nas diferentes áreas do território avaliado.

Na primeira fase foram analisadas amostras de água em Porto Alegre e Novo Hamburgo. De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental do Cevs, Aline Campos, a ideia é tornar esse processo uma rotina, como ocorre com o acompanhamento do cólera. Até o momento, já foram realizadas coleta e análise de 30 amostras de 10 pontos em Porto Alegre e um em Novo Hamburgo. Dessas, seis apresentaram resultados positivos (cinco em Porto Alegre e uma em Novo Hamburgo).

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