SAÚDE

Após queda de internados com covid-19, hospitais gaúchos retomam cirurgias eletivas

Nos últimos dois meses e meio, a superlotação das UTIs, emergências e internações levou os hospitais de Porto Alegre a pausar, inclusive, os transplantes de órgãos
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 3 de maio de 2021

Foto: Assessoria de Comunicação/HCPA

Restrições nas cirurgias eletivas foram adotadas no auge da pandemia para não expor pacientes, que pudessem ter seus procedimentos adiados, ao risco de contaminação e à limitação da capacidade cirúrgica das instituições

Foto: Assessoria de Comunicação/HCPA

Com a redução nas internações de pacientes com coronavírus registrada nas últimas semanas, os hospitais de Porto Alegre estão retomando os procedimentos essenciais. Nos últimos dois meses e meio, o colapso na saúde com a superlotação de UTIs, emergências e internações e a limitação no número de profissionais de saúde levaram os hospitais a pausar, inclusive, os transplantes.

Nesta segunda-feira, 3, a Santa Casa de Porto Alegre realizou dois transplantes de fígado. Segundo a assessoria de comunicação do hospital, tanto no auge da crise em 2020, quanto agora, somente foram realizados transplantes extremamente urgentes.

No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), segundo o Diretor Médico adjunto, professor Brasil Silva Neto, a instituição já vinha fazendo esforços para transplantar mesmo no período crítico. No sábado passado, houve um transplante renal”, informa. “E nesta terça-feira, 4, será realizado um transplante Hepático Infantil Intervivos”.

Também nessa segunda-feira, 3, o Clínicas começou a ampliação do seu espaço para o atendimento de pacientes não covid-19. Mantido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), o Clínicas tem a projeção de realizar 200 cirurgias eletivas essenciais a mais por mês para dar conta da demanda.

Na retomada, o hospital irá atender casos que já estão na fila de espera, que estavam represados no aguardo por um procedimento.

O Clínicas ainda prevê o aumento em sua capacidade operacional na área cirúrgica ambulatorial e ampliar o número de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Estudos estão sendo feitos com a Secretaria de Saúde de Porto Alegre para possibilitar a oferta de um maior número de primeiras consultas à população.

Covid tomou conta

Tanto na Santa Casa quanto no Clínicas no ápice da pandemia houve uma superlotação de enfermos afetados pelo coronavírus.

Para as retomadas das atividades nos Bloco Cirúrgico e salas de recuperação, foi necessário reverter parte das estruturas que foram adaptadas para receber pacientes com covid-19.

O Clínicas destaca que também contribui para a sua retomada e novos planos o retorno de profissionais que estavam focados nos seus Centros de Terapia Intensiva (CTIS) e de Emergência no pico da pandemia.

Segundo a assessoria de comunicação do Clínicas, agora o objetivo é retomar a assistência nas áreas que têm pacientes com outros problemas de saúde e que foram prejudicados pela contingência da crise sanitária. No entanto, a instituição estará monitorando o cenário epidemiológico para dar respostas ágil caso aconteça uma terceira onda.

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