Saúde ocular, doação e transplante de córneas em painel nesta terça-feira, 13

Foto: Divulgação
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Participam da atividade, o médico Alexandre Marcon, chefe do Serviço de Oftalmologia e diretor técnico do Banco de Córneas da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, a biomédica Carla Zanatelli, também do Banco de Córneas da Santa Casa, e o pianista Luciano Leães, compositor e produtor musical, transplantado de córneas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 75% dos casos de deficiência visual são evitáveis, por prevenção ou tratamento. No Brasil, o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 apurou que a deficiência visual é a doença física mais citada, com 35,7 milhões de brasileiros afetados, numa população de 190 milhões de habitantes à época do Censo.
O painel desta terça-feira é alusivo ao Dia Mundial da Saúde Ocular comemorado em 10 de julho.
Crianças com excesso de exposição a eletrônicos
O teste do olhinho, feito de forma rotineira pelos pediatras, é importante para identificar precocemente algumas doenças, observa Alexandre Marcon.
Ele assinala que ocorre uma epidemia de miopia na infância no mundo, acentuada pelo excesso de uso de eletrônicos, aprofundado ainda mais com a pandemia. São recomendadas atividades ao ar livre para reduzir a incidência desta patologia. “Esta doença causa baixa visão e é facilmente corrigida com óculos em quase todos os casos”.
Transplante de córneas
As doenças corneanas são a segunda causa de cegueira reversível no mundo e o transplante de córnea é o procedimento de maior sucesso entre os transplantes.
O transplante é indicado quando a córnea se torna opaca ou tem irregularidades em sua superfície que levem à diminuição da visão, sem possibilidade de correção com óculos ou lentes de contato.
O primeiro transplante de córneas do Brasil foi realizado pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre em 1938. O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, mais de 7.500 pacientes esperam por um transplante de córnea para a reabilitação visual.
Cultura Doadora
Projeto da Fundação Ecarta, vem desde 2012 trabalhando a temática da doação de órgãos e de transplantes em escolas, universidades, empresas. Tem como objetivo contribuir na formação de uma cultura de solidariedade e de uma atitude proativa para a doação de órgãos e tecidos, bem como na qualificação da infraestrutura de atendimento à saúde no Rio Grande do Sul.
Além de material informativo sobre esse universo, o projeto disponibiliza gratuitamente subsídios pedagógicos para a abordagem do tema em todos os níveis de ensino. Para mais informações, acesse www.culturadoadora.org.br
O painel desta terça-feira, 13, tem o apoio do Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) e do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren).