ECONOMIA

Agência melhora classificação de risco do Brasil um dia após críticas de ex-presidente

Já é a segunda de três principais classificadoras de risco que sinalizam melhora na credibilidade do país desde a posse do presidente Lula
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 26 de julho de 2023
Agência melhora classificação de risco do Brasil um dia após críticas de ex-presidente

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Nota técnica da agência Fitch aponta melhora no desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado no país que tem Haddad à frente da Fazenda

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Menos de 24 horas depois do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter dito que o ministro da Economia do governo Lula (PT), Fernando Haddad, nunca ter trabalhado, a Agência internacional Fitch melhorou a classificação de risco de crédito do Brasil.

A ironia não passou despercebida nas redes sociais e segue uma tendência já apontada por economistas: após quatro anos, o país retoma normalidade econômica.

“Ontem o inelegível disse que o Haddad nunca trabalhou. Não adianta mentir, porque os fatos desmentem as fakes”, disse um post divulgado no Twitter sobre a situação que colocou o Brasil dois degraus abaixo do cobiçado grau de investimento.

No caso, a elevação do rating da Fitch de BB- para BB evidencia, segundo informa a nota técnica da agência, que houve melhora no desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado no país.

A rota de melhora da credibilidade internacional do Brasil iniciou antes mesmo da recente aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, em 7 de julho.

Em junho, pela primeira vez desde 2019, a Standard & Poor’s Ratings, ao lado da Moody’s e da Fitch uma das três maiores agências de classificação de risco, já havia melhorado a posição do Brasil, que passou da posição de “estável” para “positiva”.

Porta se abrindo

No segundo mandato de Lula, em 2008, o Brasil conseguiu o grau de investimento. A classificação que abre portas para investimentos internacionais de peso só foi perdida em 2015, durante o governo Dilma Rousseff.

O país passava por uma série de crises internas. Entre elas, a Operação Lava Jato, que facilitou a recessão econômica.

Paulo Gala, doutor em economia e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), comemorou nas redes: “Acordamos hoje com a notícia de que a Fitch elevou o rating do Brasil para BB de BB-, aproximando-nos do grau de investimento. A economia brasileira mostra sinais de recuperação e atrai atenção dos investidores”.

Para o economista que tem larga experiência em gestão de fundos e foi pesquisador visitante nas Universidades de Cambridge, Inglaterra, e Columbia, EUA, o cenário econômico é favorável e indica otimismo no mercado.

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