MOVIMENTO

Com atos antibolsonaro, movimento #19J pretende mobilizar 500 municípios neste sábado

Centrais sindicais, frentes populares, movimentos sociais, estudantes, autônomos e organizações promovem mobilização nacional por vacinas e auxílio emergencial
Da Redação / Publicado em 15 de junho de 2021
Mobilização do final de maio que levou milhares ao centro de Porto Alegre serão intensificadas em todo o país no #19J

Foto: Igor Sperotto

Mobilização do final de maio que levou milhares ao centro de Porto Alegre serão intensificadas em todo o país no #19J

Foto: Igor Sperotto

Depois das manifestações do #29M que atingiram 217 cidades, as centrais sindicais e os movimentos sociais organizam nova mobilização na próxima sexta-feira, 18, e sábado, 19, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por auxílio emergencial de R$ 600,00 e vacinas para toda a população.

O movimento #18J, na sexta, será preparatório à mobilização, com visitas aos locais de trabalho em todo o país, enquanto o #19J, no sábado, será de concentrações, atos e caminhadas nas capitais e principais municípios do interior que, na expectativa dos organizadores, deve atingir cerca de 500 municípios, entre capitais e cidades do interior de todo o país, com a adesão dos movimentos populares, estudantis, negros, feministas, LGBTQIA+, entidades estudantis e profissionais autônomos.

A Campanha Fora Bolsonaro, inciativa que se reúne há cerca de um ano e meio, é composta pela Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, todos os partidos de esquerda, as centrais sindicais, a Coalização Negra por Direitos, a UNE, a UBES, a CMP, o MTST, o MST, o Fórum Nacional de ONGs e outras organizações.

O movimento reivindica o enfrentamento da pandemia, com vacinação em massa, aumento do auxílio emergencial contra a fome e a miséria e ainda mais investimentos no Sistema único de Saúde (SUS) e políticas de geração de emprego e renda.

“A destituição de Bolsonaro, que ignorou o combate a pandemia do novo coronavírus, estimula o uso de medicamentos sem eficácia, promove aglomerações e não tem uma proposta de aquecimento da economia, com geração de emprego e renda, é a única maneira de o país voltar a crescer, salvar vidas, distribuir renda e gerar empregos”, afirma o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre.

Na sexta-feira, 18, as centrais pretendem intensificar a convocação das categorias para os atos de sábado. “Neste dia, a CUT e demais centrais sindicais irão aos locais de trabalho para dialogar com trabalhadores sobre a realidade do país”, explica o dirigente.

No sábado, junto com os movimentos sociais, é dia de ir às ruas pelo ‘fora, Bolsonaro’, com todos os cuidados necessários para evitar a disseminação do novo coronavírus. “A CUT está orientando sua base com clareza. Só deve ir aos atos quem se sentir seguro para ir às ruas, não faça parte de grupos de riscos não tenha comorbidades. Nesses casos, todos devem usar máscaras, álcool em gel e manter o máximo possível o distanciamento social”, alerta Nobre.

A Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMMP) elaborou um guia sobre segurança sanitária. A regra número 1 é só comparecer a manifestações em locais abertos e bem ventilados, sem aglomeração.  E, mesmo nesses casos, o distanciamento de dois metros entre os manifestantes deve ser mantido.

Os locais e horários de concentração do #19J nas capitais podem ser consultados no site da CUT.

Rio Grande do Sul

“O movimento será maior do que o #29M, que levou cerca de 30 mil pessoas às ruas de Porto Alegre", projeta Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS

Foto: CUT-RS/ Divulgação

“O movimento será maior do que o #29M, que levou cerca de 30 mil pessoas às ruas de Porto Alegre”, projeta Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS

Foto: CUT-RS/ Divulgação

No estado, já estão confirmadas manifestações pelo “Fora Bolsonaro” em pelo menos 13 cidades, com organização das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, centrais sindicais, movimentos sociais, entidades de estudantes, organizações de bairros e torcidas organizadas antifascistas. Vários protestos ainda serão organizados no decorrer da semana.

Haverá atos e caminhadas presenciais, porém, com o uso de máscaras o tempo todo e álcool em gel, além de distanciamento entre os participantes para evitar riscos de contaminação por covid-19.

Em Porto Alegre, a concentração será às 15h, no Largo Glênio Peres, de onde sairá uma caminhada pelas ruas do centro da capital.

“O movimento será maior do que o #29M, que levou cerca de 30 mil pessoas às ruas de Porto Alegre. O Bolsonaro é mais perigoso do que o vírus e, em vez de tirar a máscara, é preciso tirar esse governo genocida e pressionar os seus seguidores nos estados e municípios, a fim de proteger a saúde das pessoas e defender a vida do povo brasileiro”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

“Não podemos continuar com esse governo que não investe pra valer na vacinação, desmonta os serviços públicos, vende patrimônio público e mata a população na pandemia”, ressalta Amarildo.

Locais e horários de concentração no RS:

Alvorada – Corsan, às 10h
Caxias do Sul – Praça Dante Alighieri, às 15h
Erechim – Esquina Democrática, às 13h30min
Esteio – Praça do Soldado, às 10h
Novo Hamburgo – Praça Punta Del Este, às 10h
Pelotas – Largo do Mercado, às 10h
Porto Alegre – Largo Glênio Peres, às 15h
Rio Grande – Largo Dr. Pio, às 11h
Sapiranga – Praça da Bandeira, às 9h
Santa Cruz do Sul – Praça da Bandeira, às 15h
Santa Maria – Praça Saldanha Marinho, às 10h
Santana do Livramento – Parque Internacional, às 10h
Venâncio Aires – Esquina da Rosauto Veículos, às 9h

Comentários