OPINIÃO

As eleições mais sujas da nossa história

Por Carlos Fidelis Ponte / Publicado em 20 de outubro de 2022

Foto: Instagram/ Reprodução

O empresário gaúcho Adelar Lutz, investigado pelo MPT da Bahia por fazer propaganda eleitoral irregular ao instalar outdoors da campanha de Bolsonaro e por assédio eleitoral – no primeiro turno, obrigou funcionárias a filmar o voto com celular preso ao sutiã

Foto: Instagram/ Reprodução

Diante da possibilidade real de vitória de Lula, estamos testemunhando as eleições mais sujas da nossa história.  Mais sujas até que as eleições a bico de pena da velha república.

Ao lado da produção de mentiras em escala industrial e dos ataques às urnas eletrônicas e às instituições da democracia, enfrentamos um derrame de dinheiro público e o uso das máquinas da União, estados e municípios sem precedentes.

Complementam o quadro ações de assédio nacionalmente articuladas. Assédio patronal contra empregados eleitores de Lula, assédio religioso, assédio das milícias e de demais grupos do crime organizado, chantagens econômicas diversificadas e o uso da violência física e psicológica.

Temos cada vez mais territórios vedados à campanha dos opositores do presidente da República. Tudo isso a céu aberto e diante de instituições impotentes, quando não cúmplices.

A seguir nesse rumo e nesse ritmo, caminhamos a passos largos para a consumação da maior fraude eleitoral da história republicana.

Estamos a um passo do império da barbárie e da ruína social. Ou reagimos agora ou viveremos períodos muito duros. Não há espaço para omissão.

Lula tem mostrado força e dedicação exemplares. Um candidato determinado, lutando contra inimigos muito poderosos. Um candidato de uma frente ampla em defesa da democracia.

Cabe a todos nós demonstrar o mesmo empenho e a mesma determinação. Temos que fazer campanha e denunciar ao mundo o escândalo que estamos experimentando. Corrupção larga e grossa.

Não há nada mais decisivo e importante na vida social e profissional que essas eleições. É hora de lutar!

Carlos Fidelis Ponte é historiador e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e doutor em Politicas Publicas, Estratégias e Desenvolvimento pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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