EDUCAÇÃO

Fique de olho no seu patrimônio!

Esta é a chamada da campanha, lançada em julho pelo Sinpro/RS, para alertar os professores sobre a necessidade de fiscalização dos depósitos realizados pelo empregador junto ao FGTS
Por Valéria Ochôa / Publicado em 31 de agosto de 2001

Por falta desse acompanhamento, segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS), muitos professores têm tido surpresas desagradáveis na hora em que mais precisam dos recursos do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS).

“O Fundo é um patrimônio do trabalhador”, afirma Cecília Bujes, diretora do Sinpro/RS.

“O que tem acontecido é que muitas empresas deixam de depositar, causando prejuízos sérios para o empregado. Isso sem contar as perdas provocadas pelo Governo Federal na área de reajustes, como o que aconteceu nos planos econômicos Plano Bresser (1987) até o Plano Collor 2 (maio/1992)”.

O Sindicato quer evitar que isso aconteça. Para isso, está disponibilizando uma série de informações para garantir aos professores o controle da conta.

Extrato

Um dos pontos trabalhados na campanha é a importância do acompanhamento do extrato da conta pelo professor.

“Todo trabalhador tem direito a receber o extrato da conta em casa para as devidas conferências”, explica Marcos Fuhr, diretor do Sindicato. “No entanto, para recebê-lo, ele tem de manter o endereço atualizado junto a qualquer agência da Caixa Econômica Federal, banco gerenciador do FGTS”.

É por meio do extrato, por exemplo, que o professor poderá conferir se os depósitos estão sendo realizados devidamente e se está ocorrendo as incidências de juros e atualizações monetárias. “O melhor fiscal é o próprio trabalhador”, destaca Fuhr. “O Sindicato é um aliado nesta luta. Em caso de irregularidade, deve ser informado para tomar as devidas providências”.

Além das informações disponibilizadas em folder e boletim específico sobre o assunto, já distribuídos aos professores, o Sindicato criou um espaço no portal da entidade na internet especialmente para tratar do FGTS, subsidiar os professores e esclarecer dúvidas. O jornal Extra Classe também trará, a partir desta edição, uma coluna elucidando questões pontuais enviadas pelos docentes.

O Sinpro/RS ainda instituiu uma comissão permanente, composta por diretores e advogados da entidade, para acompanhará questões específicas junto à Caixa Econômica Federal, Ministério Público, instituições de ensino, movimento sindical e justiça do trabalho, para garantir o pagamento deste direito. Também realizará ações para assegurar o cumprimento da lei, que regulamenta o FGTS.

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