MOVIMENTO

Ativistas protegem comunidade indígena ameaçada

Comunidade Mbya Guarani vem sofrendo ameaças constantes mesmo depois da repercussão do ataque a tiros, na madrugada do último dia 11
Por Redação / Publicado em 18 de janeiro de 2019

Foto: Orlando Acosta/Guarani Mbya

Polícia interrogou indígenas Mbya Guarani e apoiadores na Ponta do Arado, na quinta, 17

Foto: Orlando Acosta/Guarani Mbya

Ambientalistas, ativistas, representantes do Ministério Público Federal (MPF) e os Conselhos Estaduais de Direitos Humanos e dos Povos Indígenas se mobilizaram para acompanhar a comunidade indígena Mbya Guarani na Ponta do Arado, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A comunidade vem sofrendo ameaças constantes mesmo depois da repercussão do ataque a tiros, na madrugada do último dia 11.

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), além das intimidações, na quinta-feira, 18, os Guarani foram surpreendidos com a ampliação do contingente de seguranças privados nas proximidades da cerca que foi colocada ao redor da comunidade, com a finalidade de impor limites ao livre trânsito de seus integrantes. Também foram colocados em funcionamento sensores instalados sobre a cerca para detectar os movimentos dos Guarani e, com isso, restringir ainda mais a sua liberdade.

Em nota, o Cimi – Regional Sul relata que “no meio da tarde, policiais militares adentraram os limites da área cercada e passaram a interpelar os indígenas e os apoiadores que lá estavam. Pelos relatos da comunidade, os policiais militares demonstraram desconhecimento dos fatos ocorridos na última sexta-feira, 11 de janeiro, fazendo perguntas com o direcionamento ou a intenção de questionar a presença dos indígenas e seus apoiadores naquele local, como se estes estivessem praticando alguma ilicitude”.

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