MOVIMENTO

Trabalhadores sem-terra ocupam área da Fepagro no Vale do Taquari

A ação do MST busca reivindicar aos governos estadual e federal a área ocupada, além de outras da Fundação, à Reforma Agrária
Da redação / Publicado em 17 de outubro de 2019

 

Foto: divulgação MST

Os assentados têm o intuito de investir na produção de alimentos e ter vida digna no campo

Foto: divulgação MST

Cerca de 200 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio Grande do Sul ocuparam nesta quinta-feira, 17 de outubro, a área onde funcionava a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) — Centro de Pesquisa Emílio Schenk, em Taquari. A ação busca reivindicar aos governos estadual e federal a área ocupada, além de outras da Fundação, à Reforma Agrária. A ocupação é por tempo indeterminado.

Os acampados chegaram ao local por volta das 5h desta quinta-feira, vindo das regiões Metropolitana de Porto Alegre, Vale do Taquari, Serrana e Norte do estado. Os trabalhadores alegam que as áreas estão desativadas, uma vez que a Fundação foi extinta por lei pelo ex-governador José Ivo Sartori (MDB). Os assentados têm o intuito de investir na produção de alimentos e ter vida digna no campo. Esta é a terceira vez que a área de 460m² é ocupada, desde 2014.

Conforme os acampados, próximo da ocupação já tem um assentamento do MST desde 1987. Antes da Reforma Agrária, esse território pertencia ao estado e parte dele também foi destinado posteriormente a campos da Fepagro. Com a ocupação de hoje, eles reivindicam essa parte da Fundação para desapropriação.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) há cerca de 2 mil famílias cadastradas e aguardando reforma agrária no Rio Grande do Sul. O MST mantém atualmente dois acampamentos no estado, em Lagoa Vermelha e Passo Fundo, além de 327 assentamentos em 91 municípios.

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