MOVIMENTO

Agricultores familiares ocupam a Secretaria da Fazenda no Rio Grande do Sul

Ato iniciou na madrugada desta quarta-feira, 4, com a chegada de mais de 700 agricultores familiares do interior, que pedem ações concretas do poder público gaúcho para amenizar os impactos da estiagem
Por Redação / Publicado em 4 de maio de 2022

Foto: Maiara Rauber/MST

A reivindicação de auxílio e de crédito emergencial não é recente. As famílias agricultoras vêm sofrendo com o impacto da estiagem há mais de três anos seguidos

Foto: Maiara Rauber/MST

Participam do ato, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS).

A pauta que reivindica o auxílio do governo aos que sofreram e ainda sofrem com os danos causados pela estiagem no estado gaúcho não é recente. As famílias agricultoras vêm sofrendo com essa problemática há mais de três anos. Os agricultores seguem solicitando a liberação de um auxílio e de crédito emergencial que devem ser destinados para amenizar os impactos da seca no estado.

“Essa situação, certamente vai ficar na história do Rio Grande do Sul, pois o até então governador Eduardo Leite não fez nada de concreto para ajudar os camponeses e as camponesas. Por isso, mais uma vez estamos aqui na capital gaúcha para denunciar e anunciar o descaso que o governo teve com esse povo que é tão importante para o desenvolvimento do nosso estado”, pontua Ildo Pereira, dirigente do MST/RS.

Falta de alimento

Pereira ainda reforça que a luta que as famílias agricultoras e dos movimentos do campo estão fazendo, busca amenizar as problemáticas enfrentadas no campo. Ele afirma o problema já está se estendendo para a sociedade em geral, com a falta de alimento na mesa do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras.

O dirigentes diz que o governo já havia anunciado que teria o auxílio e crédito emergencial, mas de acordo com a Secretaria da Agricultura, ambos estão sob avaliação.

O crédito emergencial se resume em um financiamento de até R$ 20 mil com juro subsidiado pelo governo para a agricultura familiar. No entanto, não foram apresentadas informações concretas sobre isso, como número de famílias beneficiadas e data de liberação desse crédito.

Em relação ao auxílio emergencial, o retorno é o mesmo. Inicialmente, a proposta era beneficiar aproximadamente 100 mil famílias com o valor de até um salário mínimo. Mas segundo a Secretária de Agricultura os dados específicos desse auxílio estão sendo avaliados.

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