Municípios querem vacinar profissionais de educação

Foto Thales Ferreira/Prefeitura de S Leopoldo/Divulgação
São Leopoldo foi o primeiro município gaúcho a vacinar professores e demais profissionais de educação com imunizantes remanescentes
Foto Thales Ferreira/Prefeitura de S Leopoldo/Divulgação
Municípios gaúchos que querem imunizar seus trabalhadores em educação para promover o retorno às aulas em suas redes ganharam hoje, 11, o reforço da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul (Famurs). A entidade decidiu em assembleia na manhã desta terça-feira, 11, que irá orientar seus associados com base na recente decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que negou um pedido feito pelo Ministério Público (MP-RS) para suspender a vacinação de professores em São Leopoldo e Esteio.
De acordo com o presidente da Famurs, o prefeito de Taquari Maneco Hassen (PT), o estado já contabiliza duas decisões favoráveis em primeira e segunda instância sobre a matéria. “É possível que o estado regulamente agora, mas se não houver essa autorização, a Famurs recomenda que os municípios se organizem para tal”, disse.
O primeiro município gaúcho a colocar seus trabalhadores da educação em lista prioritária foi São Leopoldo. Na cidade do Vale do Rio dos Sinos, a vacinação iniciou no último dia 4 e tem se valido de doses sobressalentes da imunização dos grupos prioritários, a chamada “xepa”.
“Estamos há meses batalhando para que trabalhadores da educação sejam incluídos como prioridade nesta etapa do Plano Nacional de Imunização”, explicou o prefeito Ari Vanazzi (PT). “Isso não foi feito pelo governo federal, então encontramos essa alternativa que não prejudica ninguém dos grupos prioritários e inicia a vacinação das escolas, o que é fundamental para a segurança dos trabalhadores e das famílias”, conclui.
Dois dias depois, 6, foi a vez de Esteio. Com a ideia de vacinar professores na faixa etária partir dos 40 anos até chegar à mesma faixa da população com comorbidades, até a ação do MP-RS 938 professores da rede municipal, estadual e privada em drive-thru que trabalham na Educação Infantil e Ensino Médio.
Na sexta-feira passada,7, foi a vez do prefeito de Lajeado Marcelo Caumo (PP) adiantar nas redes sociais a intenção da prefeitura em vacinar professores. A ideia é a emissão de um decreto que terá como base a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a vacinação de professores no Rio de Janeiro.
O Supremo negou o pedido de inclusão de professores no grupo prioritário, mas o ministro Ricardo Lewandowski afirmou que estados e municípios podem modificar os planos de imunização, desde que haja um detalhamento da realidade local.