EDUCAÇÃO

Assembleia de Credores da Aelbra tem nova suspensão

Mesmo após ajustes, texto final do Plano de Recuperação Judicial da mantenedora do sistema Ulbra de Educação ainda não contempla o que foi negociado
Da Redação / Publicado em 10 de dezembro de 2021

Foto: Marco Neves/ Ulbra/ Arquivo

Funcionamento da instituição deve ser assegurando na recuperação judicial. Na foto, vestibular da Ulbra Santa Maria, em 2018

Foto: Marco Neves/ Ulbra/ Arquivo

A Assembleia de Credores da Recuperação Judicial (RJ) da Associação Educacional Luterana do Brasil (Aelbra), mantenedora da Rede Ulbra de Educação, foi novamente suspensa nesta sexta-feira, 10, devido à falta de consenso dos credores em relação ao texto final do Plano – que deveria ser colocado em votação.

Por maioria, os credores aprovaram a suspensão dos trabalhos e a nova data para a reabertura da Assembleia, após ajustes do Plano: terça-feira, 14 de dezembro, às 14h.

Representantes dos diversos grupos que disputam os créditos da Aelbra puderam se manifestar antes das votações e apontaram lacunas, inconsistências e dubiedades no texto final em relação ao que foi proposto durante o processo de negociação com a Aelbra.

O Sinpro/RS foi favorável à suspensão da Assembleia com o objetivo de continuar as tratativas com a Aelbra para assegurar a garantia de emprego aos professores e demais trabalhadores da instituição por um ano, após a concessão da RJ, bem como a não compensação dos valores referentes aos acordos trabalhistas.

Essas e outras condições que foram longamente negociadas com a mantenedora não estão contempladas ou contêm imprecisões no texto final do Plano, explica o advogado Caio Zogbi Vitória, assessor especial do Sinpro/RS na RJ.

Grupo de Trabalho

Quando da última suspensão, no dia 25 de novembro, o administrador do processo de recuperação judicial determinou a criação de uma comissão formada por dois representantes de cada uma das três classes de credores habilitadas para buscar um consenso na redação final.

Esse grupo de trabalho deverá fazer as adequações no Plano antes da reabertura da Assembleia na próxima terça-feira. Essa data está no limite do prazo de 90 dias concedido pelo juízo do processo e considera a proximidade do recesso do judiciário.

Além disso, o substitutivo sobre a venda de ativos deverá ser melhor detalhado também por solicitação dos credores. Se aprovada na assembleia, a proposta será submetida ao juiz responsável pela RJ – que tramita na 4ª Vara Cível de Canoas. Esse adendo prevê a venda das operações dos campi de Canoas, Guaíba, Carazinho, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Torres e São Jerônimo e polos de Ensino a Distância.

 

Comentários