JUSTIÇA

Influencer bolsonarista foi condenada a um ano de prisão por caluniar Felipe Neto

De cinco processos movidos contra a Antonia Fontenelle, Felipe Neto já contabiliza três vitórias. Advogados do youtuber afirmam que outras condenações deverão vir
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 17 de dezembro de 2021
Antonia Fontenelle responde a cinco processos por questões envolvendo Felipe Neto

Foto: Reprodução/Instagram

Antonia Fontenelle responde a cinco processos por questões envolvendo Felipe Neto

Foto: Reprodução/Instagram

Em menos de um ano a atriz e influenciadora digital Antonia Fontenelle foi condenada por calúnia e difamação em três processos movidos pelo youtuber Felipe Neto. Na última sentença, dia 15, ela foi condenada a um ano de prisão por dizer que Felipe e o seu irmão, Lucas Neto, fazem incitação à pedofilia. A pena foi trocada por serviços à comunidade e Antonia ainda deverá pagar multa de R$ 8 mil. Com esse valor, a atriz ultrapassou R$ 200 mil devidos entre indenizações e multas. Ela que já foi conhecida por ter sido casada com o falecido ator e diretor global Marcos Paulo hoje tem se destacado por posições que envolvem fake news, xenofobia e apoio irrestrito ao presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) entre outras polêmicas.

Segundo a assessoria da Play9, estúdio de conteúdo e formatos digitais de Felipe Neto, o influenciador que se define como ator, comunicador e empresário se emocionou quando soube da notícia durante uma live que estava fazendo.

Para o colunista do portal Metropoles, Guilherme Amado, Felipe disse que não quer ver Antonia na cadeia, mas que a justiça deve ser feita. “Saber que ela tomou essa condenação, que vai ficar para sempre na ficha dela, dá uma felicidade muito grande, de justiça, não de vingança”, disse na ocasião.

Não sei do que estão falando

Em outubro passado, Antonia foi condenada por chamar Felipe Neto de “vagabundo de merda”. Na ocasião, a justiça optou apenas por pagamento de uma indenização por ser ré primária e ter bons antecedentes.

Ela chegou a se manifestar no Instagram: “Fui punida de novo. Multada em R$ 5 mil, por algo que eu nem sei. Foi algo menos grave do que ‘m****’, não sei o que eu falei”.

O fato foi desmentido pelo advogado de Felipe, André Perecmanis, que informou que, na realidade, os valores que devem ser pagos são de aproximadamente R$ 126 mil. Segundo ele, “a expectativa é de que outras condenações ainda ocorram”.

Antes, Antonia chegou a fazer afirmações de que Felipe Neto, quando era proprietário da produtora Parafernalha, fazia uso de cocaína fora de serviço e o chamou de sociopata.

Fazer que não entendeu e que não é bem assim é o principal argumento de Antonia que está recorrendo das duas primeiras condenações e anunciou hoje, 17, que recorrerá da que a retirou da primariedade.

No caso da última sentença por ter publicado um vídeo associando os irmãos Neto à pedofilia, diante da repercussão negativa a atriz alegou que sua ideia era, de fato, “provocar a discussão e a readequação dos conteúdos produzidos”.

Polêmicas

Não é só com Felipe Neto e seu irmão que Antonia tem causado polêmicas e se envolvido em processos judiciais.

Antonia já foi impedida judicialmente de citar o nome de Luciana Gimenez. No canal da atriz, o hoje senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) chamou a apresentadora do Super Pop de “mulher de programa” em uma entrevista.

A atriz ainda tem se indisposto por suas falas consideradas xenofóbicas. Primeiro foi com a também atriz Gisele Itié. Gisele chegou a realizar uma denúncia que acabou sendo arquivada pelo Ministério Público.

O caso mais recente foi um bate boca com a ex-BBB Juliete Freire. Antonia usou em suas redes sociais o termo “paraíba” para criticar o DJ Ivis que espancou sua esposa.

Em seu post, Antonia disse: “Esses Paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que podem tudo”. Após críticas, ela completou: “Paraíba é força de expressão, quem faz ‘paraibada’, como por exemplo bater em mulher. Esses machos escrotos que ganham uns trocados e acham que podem tudo”.

Além da indisposição com Juliette, Antonia passou a ser investigada pela Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e Étnicos do Rio de Janeiro.

 

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