SAÚDE

Feevale passa a fazer diagnóstico do covid-19

Universidade busca parcerias com secretarias de saúde do Vale do Sinos para realizar testes em laboratório com metodologia da OMS
Por Gilson Camargo / Publicado em 20 de março de 2020
Instituição recebe o controle positivo inativado para realização de testes diagnósticos e pesquisa em coronavírus, por meio de uma parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Rede-Vírus e pesquisadores do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

Foto: Feevale/ Divulgação

Instituição recebe o controle positivo inativado para realização de testes diagnósticos e pesquisa em coronavírus, por meio de uma parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Rede-Vírus e pesquisadores do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

Foto: Feevale/ Divulgação

A Universidade Feevale divulgou comunicado nesta tarde informando que vai colocar a sua estrutura de laboratórios e profissionais da área da Saúde para realizar os exames de diagnóstico do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em parceria com os municípios do Vale do Sinos e Região Metropolitana. A instituição anunciou que está negociando com prefeituras que deverão encaminhar as amostras, por meio das suas secretarias de Saúde ao Laboratório de Microbiologia Molecular. A metodologia diagnóstica segue o protocolo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), idêntico ao utilizado nos laboratórios oficiais.

A universidade destaca que a iniciativa tem o objetivo de apoiar as comunidades, além de desafogar os laboratórios oficiais, uma vez que todas as amostras de casos suspeitos de coronavírus no estado são encaminhados para um único laboratório de referência. A partir desta parceria com os municípios da região, a instituição avalia que será possível ampliar a capacidade de testes no Vale do Sinos e nas áreas próximas. “Nesse sentido, a Universidade Feevale se engaja com a comunidade e dá uma resposta tecnológica de apoio às municipalidades que, com a possibilidade de obterem diagnósticos mais rapidamente, poderão direcionar as políticas públicas de contingenciamento e enfrentamento da pandemia”, afirma o reitor, Cleber Prodanov.

O diretor do Instituto de Ciências da Saúde da instituição, Cesar Augusto Teixeira, destaca que o momento é delicado e compete à Feevale apoiar os municípios da região. “Temos recursos humanos e tecnologia para auxiliar nesse processo. Com esta ação, estamos somando esforços para auxiliar os municípios a fim de que eles possam tomar as medidas necessárias para o enfrentamento dessa pandemia, que afeta a todos nós”, destaca.

A testagem oferecida pela Feevale é a mesma feita pela rede pública de saúde e de acordo com o Protocolo da OMS, explica professor do mestrado em Virologia, Fernando Spilki

Foto: Feevale/ Reprodução

A testagem oferecida pela Feevale é a mesma feita pela rede pública de saúde e de acordo com o Protocolo da OMS, explica professor do mestrado em Virologia, Fernando Spilki

Foto: Feevale/ Reprodução

LOGÍSTICA – A universidade não será posto de coleta. Todas as amostras serão coletadas nos espaços de saúde dos municípios, conforme recomendações do Ministério da Saúde. Após as amostras serem encaminhados pelas prefeituras parceiras, os testes serão realizados no Laboratório de Microbiologia Biologia Molecular da instituição. Para efetuar o exame diagnóstico, é necessário um kit, que será adquirido pelas prefeituras, a partir do qual a Feevale, com seus profissionais e infraestrutura, poderá realizar os exames. Cada kit corresponde a um teste. “Este é o mesmo teste feito pela rede pública, seguindo o protocolo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde”, explica o professor do mestrado em Virologia, Fernando Spilki.

Para os testes, serão coletadas amostras de secreção respiratória dos pacientes com suspeita de estarem infectados. Os resultados ficarão prontos entre 24h e 48h, e o Laboratório tem capacidade inicial de testar 50 amostras por dia. “Esses diagnósticos serão possíveis mediante parceria estabelecida entre o mestrado em Virologia da Feevale e a Rede-Vírus, bem como o recebimento de controles positivos enviados pela Universidade de São Paulo”, explica Spilki.

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