SAÚDE

Brasil bate recorde de contaminações por covid-19 em um único dia

O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta reintegrou Wanderson Oliveira à equipe e apresentou número recorde de contaminações com 3.058 novos casos nas últimas 24 horas
Por César Fraga / Publicado em 15 de abril de 2020
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto

Foto: Marcello Casal Jr/Agencia brasil

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto

Foto: Marcello Casal Jr/Agencia brasil

Conforme dados do Ministério da Saúde divulgados na tarde desta quareta-feira, 15, o Brasil bateu recorde de casos confirmados do novo coronavírus (covid-19) em um dia. Foram registrados 3.058 casos de infecção pelo novo coronavírus, totalizando 28.320. O número de mortes em 24 horas foi de 204, totalizando 1.736 óbitos em todo o país.

O aumento no número de casos foi de 12% em relação ao dia de ontem (14), quando foram contabilizados  25.262, e de 27% em relação a segunda-feira (13), quando o balanço do Ministério da Saúde indicava 22.169 pessoas infectadas.

Já o número de óbitos subiu 13% em relação a ontem, quando o país contabilizava 1.532 mortes. Na comparação com segunda-feira, quando eram 1.223 óbitos, representou uma elevação de 42%.

MINISTRO – Em clima de despedida, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participou da entrevista coletiva ao lado de outros representantes da pasta para falar sobre as ações de enfrentamento à covid-19 e detalhar os dados sobre a doença no país.

Entre os presentes , o secretário executivo do ministério João Gabardo dos Reis, cotado para substituir Mandetta, por sua proximidade com o ex ministro Osmar Terra.  Sobre eventual saída de Mandetta, Gabardo disse que sai junto, mas colaborará com a transição. Gabardo é ligado ao deputado Osmar Terra, ex-ministro e opositor à atual política da pasta.

Terra pertence a ala de apoio ao Governo ao afirmar “que o vírus está indo embora”, corroborando as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que pretende a retomada da economia e suspensão da quarentena por afastamento social na contramão das orientações da Organização Mundial da Saúde. Porém, Gabardo também afirmou “entrei no Ministério da Saúde muito jovem, pois entrei em  1981 e não vou jogar esse patrimônio de quase 40 anos no lixo”.

DEMISSÃO REVERTIDA –  Brasília amanheceu nesta quarta-feira, 15, com a notícia do Ministério da Saúde  que o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira havia demissão na manhã do mesmo dia. Na tarde desta quarta-feira, 15, o Ministro Luiz Henrique Mandetta rejeitou a demissão de Wanderson e garantiu sua permanência.  Mandetta afirmou “quando for a hora de sair sairemos juntos”.

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