EDUCAÇÃO

Sinpro já tem 446 novos associados

Da Redação / Publicado em 28 de abril de 1999

Campanha de filiação deste ano alcançou em um mês 20% do objetivo estabelecido para o final de junho. Em algumas cidades, como Uruguaiana, a meta já foi até ultrapassada. Proposta é sindicalizar 55% da categoria até o ano 2000 para implementar uma política de auto-sustentação da entidade

No final de março, depois de um mês de campanha de sindicalização, o Sinpro/RS já alcançou 20% do objetivo estabelecido de filiar 2.250 professores até o final de junho. O número foi baseado na meta, definida pelo 5º Congresso Estadual de Professores (Cepep), de associar 55% da categoria até o ano 2000. Até 1998, a entidade tinha como sócios cerca de 38% da categoria. Dos 446 novos filiados já computados pelo Sindicato, 211 vêm das 15 delegacias regionais, 195 de Porto Alegre, Região Metropolitana e Litoral e outros 40 do ensino superior. Em Uruguaiana, por exemplo, o número projetado para toda a campanha já foi ultrapassado: são 36 novos sócios do Sinpro contra uma expectativa de 20 adesões até junho.

O diretor de Política Sindical do Sinpro/RS, Ângelo Dal Cin, sabe que a meta não é fácil de ser atingida, especialmente depois da arrancada inicial. Mesmo assim, Dal Cin acredita na capacidade de mobilização da categoria. “Apesar de nos últimos quatro anos ter caído o índice de trabalhadores sindicalizados em várias categorias do estado, o Sinpro está muito atuante e permite que se aposte na possibilidade de avançarmos no número de filiações”, explica. Até o final de março, o nível de sindicalização subiu de 38% para 41,5% da categoria. Há quatro anos, esse índice era de 27,4%.

A professora de História Rejane Barreto Jardim é um exemplo. Ela se sindicalizou 11 dias após retomar sua atividade no magistério, depois de um período de dedicação a um mestrado. Para ela, que já participava do movimento sindical quando bancária, procurar se organizar é “condição básica” para o trabalhador. “Ainda mais em uma época de crise. É justamente nessa hora que a gente deve se proteger”, acredita.

Eline Pereira Caixeta, professora universitária de Arquitetura, era de Goiânia (GO), onde já fazia parte do quadro de associados do Sindicato dos Professores. Está em Porto Alegre há um ano e atuando no Sinpro desde agosto de 1998. “Sei da importância do sindicato. A gente como classe pode reivindicar”, defende Eline.

A campanha de sindicalização é mais uma ação da política de auto-sustentação do Sinpro/RS, ou seja, as mensalidades dos associados representam a principal receita da entidade. É por isso que o sindicato devolve ao professor-sócio o valor do Imposto Sindical arrecadado e tem diminuído gradativamente o percentual da Contribuição Assistencial, duas taxas compulsórias que remetem a uma estrutura sindical arcaica. “Toda redução de pagamentos dessas taxas só pode se substituído por uma eficiente campanha de sindicalização”, justifica o diretor de Política Sindical do Sinpro.

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