EDUCAÇÃO

Escolas adventistas notificadas por exigência de trabalho ilegal

A atitude foge das atribuições docentes e não pode ser tarefa obrigatória do professor, o que motivou as notificações emitidas pelo Sinpro/RS.
Publicado em 1 de dezembro de 2020

O Sinpro/RS notificou cinco unidades da Rede de Escolas Adventistas por induzirem seus professores à promoverem contato com os responsáveis pelos estudantes a fim de consultá-los sobre a rematrícula para 2021. A atitude foge das atribuições docentes e não pode ser tarefa obrigatória do professor, o que motivou as notificações emitidas pelo Sinpro/RS.

De acordo com relatos, os coordenadores das unidades orientam os docentes a realizarem ligações telefônicas, usando seus aparelhos, muitas vezes fora do horário de trabalho e com constantes cobranças da direção. Ainda segundo informações dos professores, há demanda de preparação de relatório dos contatos feitos até uma data preestabelecida. A direção da Rede menciona ainda, de forma ambígua, o fechamento de turmas como uma possível consequência, caso o professor não se submeta à exigência.

Após as denúncias, o Sindicato fez contato com a direção da Rede Adventista e levou o caso ao Ministério Público. “A situação relatada pelos professores é inadmissível. A realização desta atividade não está prevista em contrato de trabalho e, portanto, é irregular”, diz Erlon Schüler, diretor do Sinpro/RS. Ele explica ainda que o Sindicato tem notificado formalmente as escolas em que se registram casos como estes.

 

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