EDUCAÇÃO

Professores desligados da Ulbra se reunirão em Assembleia nesta quinta, 17

Sindicato quer garantir pagamento das verbas rescisórias em menor tempo possível, assim como o saldo do FGTS
Por Valéria Ochôa / Publicado em 16 de janeiro de 2019

O Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) realizará assembleias, nesta quinta-feira, 17, com os professores desligados da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra),  em Porto Alegre, Passo Fundo, Santa Maria e Cachoeira do Sul.

Segundo a mantenedora da Universidade, a Associação Educacional Luterana do Brasil (Aelbra), a instituição não tem condições de pagar as verbas rescisórias dos 287 professores desligados no prazo legal de dez dias após o aviso prévio, em função do que será necessário negociar prazos e parcelamento dos valores devidos.

“Apresentaremos nas assembleias o saldo objetivo das tratativas com a Aelbra para análise e deliberação dos professores”, explica Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS. No turno da manhã desta quinta-feira, o Sinpro/RS e o sindicato de funcionário se reunirão com a direção da Aelbra para dar continuidade às tratativas para o pagamento das verbas rescisórias.

“É fundamental que a Universidade defina uma proposta que contemple a integralidade dos direitos rescisórios e o seu pagamento no menor prazo possível, assim como o saldo credor do FGTS”, destaca Marcos Fuhr. Ele relata que a situação é de profunda apreensão, uma vez que a universidade mantém há anos um histórico de atrasos nos pagamentos de salários e deixou em aberto dezenas de competências do Fundo de Garantia. “No momento, há 60 dias de salários em atrasos”, conta.

A Universidade rescindiu 512 contratos de trabalho entre professores e funcionários. A decisão, segundo a Aelbra, foi tomada em função da redução progressiva do número de alunos com financiamento estudantil (Fies) e a redução do número de alunos pagantes, especialmente na Educação a Distância, o que resultou em déficit operacional em todos os meses do segundo semestre de 2018. A mantenedora também justificou o elevado número de demissões neste ano em função do represamento das rescisões nos dois últimos anos e que destacou que os desligamentos foram definidos pela Reitoria da Ulbra no âmbito de cada curso.

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