MOVIMENTO

Sindicatos já distribuíram mais 150 mil toneladas de alimentos durante pandemia

Nesta sexta-feira, 8, CUT/RS e sindicatos realizaram a entrega de mais 90 cestas básicas com produtos da agricultura familiar para famílias em situação de vulnerabilidade
Por César Fraga / Publicado em 8 de janeiro de 2021
Sindicatos entregam mais de 150 toneladas de alimentos

Foto: CUT/RS/Divulgação

Foram visitados os bairros Glória, Humaitá, Navegantes, Farrapos, Sarandi, Vila Cruzeiro, Santa Rosa. Partenon e Restinga, todos na periferia de Porto Alegre

Foto: CUT/RS/Divulgação

Diante de um cenário sem vacina, em que o Brasil ultrapassa os 200 mil mortos por covid-19, e com a pandemia do coronavírus ainda em alta no Rio Grande do Sul, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) e sindicatos seguem com a política de distribuição de cestas básicas em comunidades de maior vulnerabilidade social.

Na manhã desta sexta- feira, 8,  foi realizada a primeira entrega de 2021. Conforme dados da CUT/RS, foram mais 90 cestas básicas de alimentos produzidos pela agricultura familiar,  para famílias em situação de vulnerabilidade social, nos bairros Glória, Humaitá, Navegantes, Farrapos, Sarandi, Vila Cruzeiro, Santa Rosa, Partenon e Restinga, todos na periferia de Porto Alegre.

A ação é parte de uma campanha solidária, lançada em março de 2020, por meio da parceria da CUT-RS com o Sinpro/RS, Adufrgs Sindical, Sindiserf-RS, SindBancários, Semapi-RS, Senergisul e Sindipetro-RS. O objetivo é levar dignidade e comida às pessoas que perderam suas fontes de renda devido à crise econômica, agravada pela covid-19

A vida acima de interesses econômicos ou ideológicos

Parte dos alimentos são provenientes da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt), no interior gaúcho

Foto: Divulgação/CUT/RS

Parte dos alimentos são provenientes da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt), no interior gaúcho

Foto: Divulgação/CUT/RS

No ano passado, segundo levantamento da CUT-RS, a campanha foi responsável pela doação de mais de 150 toneladas de alimentos, sendo que mais de 20 toneladas foram trazidos pela Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt), no interior gaúcho.

Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, é tempo de colocar a vida acima de qualquer outro interesse, seja ele econômico ou ideológico. “O momento exige proporcionar renda, manter o auxílio emergencial e garantir comida para o povo brasileiro, que está jogado à própria sorte, abandonado pelo governo Bolsonaro e por prefeitos e governadores que seguem a cartilha neoliberal do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes”.

A resposta para o descaso do poder público, conforme Amarildo, virá através da solidariedade e do amor ao próximo. “A fome vai aumentar, a miséria vai crescer em 2021 e nós temos que estar atentos e seguir com a nossa campanha solidária e a luta por vacina para todos e todas. Por isso, chamamos os trabalhadores e as trabalhadoras que têm carteira assinada, que possuem um pouco mais de condições financeiras, para que participem dessa mobilização para ajudar quem mais precisa”, destacou.

CUT responsabiliza  Bolsonaro por descontrole da pandemia

Para a CUT-RS, o presidente da República é o principal responsável pelo descontrole da crise sanitária e econômica e pelo alto número de mortes e contaminações. “Bolsonaro, mais cedo ou mais tarde, terá que responder criminalmente por seus atos. Agora que temos a vacina, o presidente suspendeu a compra de seringas e de insumos para a imunização da população brasileira. Não podemos aceitar passivamente que o governo federal lave suas mãos para a crise e deixe a população morrer justamente quando outros países, como a Argentina, a China e o Reino Unido, dentre outros, começaram a imunizar seus cidadãos e cidadãs. Por esse e outros motivos, é que precisamos gritar cada fez mais forte – fora Bolsonaro”, concluiu Amarildo.

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