SAÚDE

Servidores do Posto da Cruzeiro protestam por falta de condições de trabalho

Servidores afirmam que a prefeitura municipal não disponibilizou ainda de forma adequada os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para a proteção dos profissionais que estão na linha de frente do SUS
Da Redação / Publicado em 1 de junho de 2020

Servidores do Posto da Cruzeiro protestam por falta de condições de trabalho

Foto: Simpa/Divulgação

Foto: Simpa/Divulgação

Nesta segunda-feira, 1º de junho, servidores do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), em Porto Alegre, realizaram ato público para tentar sensibilizar prefeitura municipal a respeito de suas demandas diante do enfrentamento ao coronavírus. Segundo eles, a capital segue em estado de calamidade pública e, até agora, a prefeitura não disponibilizou de forma adequada os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais que estão na linha de frente do SUS.

Tampouco, oferece testes para os servidores saberem se contraíram Covid-19 ou não. No PACS, a situação é agravada pela terceirização do setor de Nutrição e pelo fechamento do refeitório, que, inclusive, passa por uma obra em um momento de pandemia, completamente inapropriado para tal.

Diante das dificuldades, os servidores do PACS fizeram uma comissão de trabalhadores para solicitar à gestão que tomasse providências em relação à precariedade.

Após tentar dialogar com o secretário de Saúde e com a administração do postão, mas não obter respostas, a comissão levou estas denúncias ao Coren, Conselhos Distrital e Municipal de Saúde e outras entidades representativas dos trabalhadores, que também marcaram presença no ato, juntamente com o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), lideranças da comunidade e a vereadora Karen Santos (Psol).

REIVINDICAÇÕES – Os servidores do PACS reivindicam um plano de contingência com protocolos e fluxos definidos para o atendimento de usuários com a doença e o treinamento dos trabalhadores para realizarem os atendimentos com segurança.

Além disso, apontam que o Postão conta com apenas seis leitos (três adultos e três pediátricos) e somente dois respiradores no Espaço Covid, que há um único banheiro para uso coletivo dos pacientes (adultos e pediátricos) e que não existem protocolos para distribuição de máscaras para os pacientes internados na Emergência em Saúde Mental.

Os trabalhadores denunciam ainda que não há uma Comissão de Controle de Infecção na emergência do postão, que recebem grau mínimo de insalubridade, mas estão expostos ao grau máximo de contaminação, que os trabalhadores não estão sendo testados para a Covid-19 e que o PACS conta com profissionais do grupo de risco com idade igual ou maior de 60 anos que não foram dispensados.

A direção do Simpa reforçou a necessidade da nomeação dos servidores da saúde aprovados nos últimos concursos, já que os cargos de técnico de enfermagem terão validade expirada em 8 de junho.

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