Nova variante do coronavírus: cientista recomenda manutenção dos cuidados e vacinação

Foto: Feevale/Divulgação

Spilki coordena a  Rede Corona-ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

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O mundo está em alerta desde a divulgação, nesta semana, da identificação de nova variante do novo coronavírus detectada na África do Sul.

“A gente já sabe, a partir do trabalho desenvolvido pelo pessoal da África do Sul, que a nova variante tem uma transmissibilidade relativamente alta porque ela conseguiu se disseminar numa região muito impactada pela variante delta, que tem transmissibilidade alta, mas não sabemos ainda sobre a questão de gravidade”, destaca Fernando Spilki, virologista da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. “Por isso que a gente tem de estar bastante atento”.

O que acende o alerta, segundo ele, é que se trata de um vírus com muito mais mutações do que se vinha acompanhando de um ritmo já acelerado de mutações encontradas nas outras variantes.

Cautela e proteção

Spilki diz que a orientação para as pessoas é que mantenham todos os cuidados já tomados ao longo do tempo da pandemia, como usar máscara, lavar às mãos, usar álcool gel e evitar aglomerações.

“Do ponto de vista coletivo, temos que acompanhar o número de casos e aí, com isto, se for necessário, ter algum tipo de aumento de cautela, de retrocesso em determinadas liberalizações que vêm sendo feitas”, pontua. “E é extremamente recomendável que as pessoas continuem buscando a vacinação e os reforços”.

O que se tem de experiência com as outras variantes, segundo ele, é que, mesmo quando ocorre diferenças no vírus, com mudança de regimes e a inclusão de mais doses, a população continua tendo um nível de proteção adequado.