CULTURA

Charge em retrospectiva

Por Cesar Fraga / Publicado em 13 de novembro de 2010

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Desde a viagem do homem à Lua até a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, entre os fatos mais marcantes das últimas quatro décadas quase nada escapou ao traço irreverente do desenhista gaúcho Neltair Rebés Abreu, o Santiago. Pelo critério de relevância histórica dos acontecimentos, o autor reuniu desenhos que registram esse período no livroRetroscópio: 40 anos da história recente vistos pela charge (L&PM, 180 p.). A abertura democrática do governo Geisel, a tortura, a anistia, as Diretas, o surgimento da Aids, a derrocada da União Soviética, a era Collor, as privatizações do período FHC, a queda das Torres Gêmeas, a eleição de Lula e a crise econômica da bolha imobiliária norte-americana, entre outros temas, são retratados com o humor que Santiago imprime às suas criações. São 171 charges, que cobrem o período entre 1969 e 2009, em que muitas vezes a charge foi a única forma de criticar as contradições dos regimes ditatoriais da América Latina. Sem concessões e sem fazer média, a obra de Santiago revela “tanto da caricatura como da alegoria no sentido amplo: ‘uma maneira de dizer de outra forma’ os fatos e apresentá-los de modo diferente do discurso oficial, ampliando o traço para melhor sintetizar os acontecimentos diante do seu significado essencial”, define o prefácio de Christian-Georges Schwentzel.

LIVROS

>> TEXTO, TRAÇO E RIMAS

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Influenciado pelos picture books ingleses, O Mistério da mesa arranhada, 38 páginas, edição independente de Sylvia Roesch, com ilustrações de Petra Elster, é um livro repleto de inventividade e imaginação, que instiga a curiosidade e a fantasia de crianças de 4 a 8 anos com uma história narrada em rimas. Ex-professora da Ufrgs, aluna da oficina literária do escritor Luiz Antônio de Assis Brasil na PUCRS, a autora mora desde 1996 em Londres, onde ministra cursos de redação, pintura e desenho. Lançado na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre,O Mistério… é inspirado em Pé de pilão, de Mario Quintana e, com estilo próprio, recorre a surpreendentes fórmulas de narrativas. Mais sobre a obra e a autora em www.sylviaroesch.com.

>> SALVE, JORGE

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As oportunidades podem fazer um rei ou um enforcado, constata Jorge Luis Martins em Meu nome é Jorge, (Libretos, 140 p.), no qual ele reconstitui sua trajetória de vida, desde a infância nas ruas de Novo Hamburgo até a atual condição de empresário e ator bem sucedido. Com edição de textos de Antonio Falcetta, o livro consiste em um depoimento marcante, cortado pelas adversidades que o personagem enfrentou desde o nascimento. A mãe morreu no parto. Quando a avó que o criava morreu, ele foi expulso de casa, sofreu a hostilidade do pai e do padrasto e decidiu viver na rua, primeiro em Novo Hamburgo e depois na capital. “Cresci num cenário perfeito para mergulhar no universo das drogas e dos crimes, mas sobrevivi devido à minha personalidade forte e visão de mundo, cruciais para transpor as inúmeras adversidades que enfrentei já a partir da primeira infância”, testemunha o autor.

>> MORTE AO VIVO

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O assassinato do deputado Euclydes Kliemann nos estúdios da rádio Santa Cruz, nos anos 60, teve contornos de história de ficção muito bem apurados pelo repórter Celito de Grandi, que agora, como escritor, amplia a narrativa no livro Caso Kliemann: a história de uma tragédia(Literalis/ Edunisc, 256 p.).

>> COMO NA PRÉ-HISTÓRIA

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Para responder aos questionamentos de suas netas sobre os desafios enfrentados pelos jovens na busca de espaço em um mundo hostil e globalizado, o engenheiro, professor e empresário porto-alegrense Felipe Daiello escreveu Onde estão os dinossauros (AGE, 208 p.).

 

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