MOVIMENTO

Primavera democrática propõe plebiscito popular sobre privatizações

Movimentos sociais e sindicatos realizam atos contra as privatizações e lançam plebiscito popular para colher opinião da população
Da Redação / Publicado em 23 de agosto de 2021

O ato contou ainda com a presença dos vereadores Jonas Reis (PT), Daiana Santos (PCdoB), a deputada estadual Sofia Cavedon (PT), do ex-prefeito Raul Pont e do ex-ministro Miguel Rossetto.

Foto: Carolina Lima / CUT-RS

Foto: Carolina Lima / CUT-RS

CUT/RS, demais centrais sindicais, sindicatos e federações de trabalhadores, movimentos sociais e partidos políticos realizaram ato público ao meio-dia desta segunda-feira, 23, quando foi lançado o Plebiscito Popular sobre as privatizações no Rio Grande do Sul. A manifestação ocorreu na Esquina Democrática, no Centro Histórico de Porto Alegre. A consulta será realizada entre os dias 16 e 23 de outubro.

Os manifestantes ostentavam uma faixa com os dizeres “primavera da democracia” e “diga não à entrega do nosso patrimônio” escrita com spray. A grafitagem foi realizada no início da manifestação por integrantes do Levante Popular da Juventude e depois estendida ao lado de um banner. Houve também distribuição de panfletos aos passantes.

Ocorreram atos simultâneos em nove municípios do interior gaúcho: Canoas, Caxias do Sul, Pelotas, Três Passos, Vacaria, Taquara, Santana do Livramento, Ijuí, São Luiz Gonzaga e Sapiranga.

“Nós estamos chamando esse plebiscito de primavera da democracia porque ele vai acontecer de 16 a 23 de outubro. E é muito importante que a gente faça essa primavera porque nós sabemos que as elites do nosso estado e do nosso país não querem ouvir o povo”, salientou o vice-presidente da CUT/RS, Everton Gimenis, que coordenou o evento.

“Querem vender aqui no Estado a Corsan, o Banrisul e a Procergs. São nossos ativos, nossas estatais. E, além disso, também querem entregar os serviços públicos, a exemplo do que o Guedes e o Bolsonaro fazem lá no Palácio do Planalto”, criticou,

“Eles dizem que querem vender as estatais, entregar o serviço público para dar mais emprego e renda, para melhorar o serviço, para melhorar o atendimento, para ampliar o investimento. Mas, aonde foi feito isso no país? O preço do gás, o preço da gasolina, o custo de vida da população não para de crescer por conta dessa lógica de querer tirar, não só os serviços públicos e vender as estatais, mas o pouco de dinheiro que ainda tem o povo trabalhador”, enfatizou Amarildo Cenci, presidente da CUT/RS.

“Por isso, estamos junto com as centrais sindicais, com os movimentos populares, com os partidos que têm compromisso com o Brasil para organizar, realizar e fazer desse plebiscito uma grande marcha em defesa da democracia, dos direitos, e de um país que só funcionará se tiver serviços públicos de qualidade”, ressaltou o dirigente.

O presidente do Sindiágua, Arilson Wünsch, destacou a resistência dos trabalhadores da Corsan na luta contra a privatização da água e afirmou que “a aprovação da PEC 280 acabou com o direito ao plebiscito para a população do RS e o movimento visa uma consulta popular, já que o governo do Estado não quer ouvir o povo”.

Para o deputado estadual Pepe Vargas (PT), “o povo precisa debater as privatizações. Vamos realizar um Plebiscito Popular para que a população do RS possa dizer o que pensa das privatizações. Eduardo Leite disse na campanha que não iria privatizar o Banrisul e o Corsan, mas ele mentiu. Agora é o povo que precisa decidir”.

O ato contou ainda com a presença dos vereadores Jonas Reis (PT), Daiana Santos (PCdoB), a deputada estadual Sofia Cavedon (PT), do ex-prefeito Raul Pont e do ex-ministro Miguel Rossetto.

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