MOVIMENTO

Manifestações contra Bolsonaro acontecem em 26 estados no próximo sábado

Mobilização organizada pelas centrais sindicais, frentes populares e movimentos sociais tem atos confirmados em mais de 170 cidades no país e 26 no exterior
Da Redação / Publicado em 29 de setembro de 2021

Foto: Esquerda Online/ Arquivo/ Reprodução

A mobilização do dia 2 de outubro está sendo organizado pelas Centrais Sindicais e mais de 80 entidades representadas pelas Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, Frente Nacional Fora Bolsonaro e partidos políticos

Foto: Esquerda Online/ Arquivo/ Reprodução

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais disponibilizaram um Mapa dos Atos do próximo sábado, 2 de outubro, pelo #ForaBolsonaro. A ferramenta mostra, em tempo real, a dimensão da mobilização em todo o país.

Até esta quarta-feira, 29, estavam confirmadas manifestações em 173 cidades em 26 estados brasileiros e cerca de 30 manifestações confirmadas no exterior – Alemanha (dois atos em Berlim e mobilizações em Colônia, Frankfurt, Freiburg e Munique), Áustria (Viena), Bélgica (Bruxelas), Canadá (Vancouver), Dinamarca (Aarhus), Espanha (Barcelona, Madri e Sevilha), França (Paris), Itália (Roma), Porto Rico (San Juan), Portugal (dois atos em Lisboa e um em Braga), Reino Unido (Inglaterra), Suíça (Zurique), Estados Unidos (Nova York e Flórida), Argentina (Buenos Aires).

O mapa é interativo. Todas as entidades que participam da organização das manifestações podem cadastrar as atividades marcadas em suas cidades, colocando informações como locais e horários das manifestações, bem como panfletos, cards e banners dos atos.

“O mapa mostra a magnitude, a grandeza dos atos, dando visibilidade até mesmo aos mais pequenos municípios, onde os atos, naturalmente são menores, mas muito importantes para o conjunto da manifestação”, afirma o secretário de Comunicação da CUT Brasil, Roni Barbosa.

Ele afirma ainda que é o mapa o ponto de partida de muitos veículos de imprensa na apuração de informações sobre as manifestações.

Sobre os levantamentos de locais, Roni explica que a organização das manifestações pelo #ForaBolsonaro têm mostrado uma particularidade. “O número de atos vai crescendo ao longo dos dias. Muitos chegam a ser definidos até mesmo na véspera. E quando as mobilizações ficam muito grandes, fica mais difícil também fazer um levantamento de todos os atos. Mas o mapa serve justamente para resolver esse problema. Promove mais inclusão”, avalia.

A mecânica da elaboração do mapa inclui a divulgação e o estímulo às muitas entidades e coletivos que organizam protestos #ForaBolsonaro a divulgarem as atividades. Desta forma, atos como panelaços, panfletagens, carreatas e passeatas, convocados por quaisquer brasileiros são incluídos no mapa.

“É fundamental mostrar todas as inciativas – o tamanho da indignação em todo o Brasil, contra Bolsonaro. Isso reforça a nossa luta”, diz o secretário de Comunicação da CUT.

Reivindicações

As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical e Públicade forma unitária, divulgaram nesta quinta-feira (2) nota na qual convoca a classe trabalhadora a participar dos atos de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL-RJ, sem partido).

A mobilização do dia 2 de outubro está sendo organizado pelas Centrais Sindicais e mais de 80 entidades representadas pelas Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, Frente Nacional Fora Bolsonaro e partidos políticos democráticos.

As Centrais Sindicais afirmam que a cada dia que Bolsonaro permanece no poder, “o Brasil afunda ainda mais na crise sanitária, econômica e política, criada por esse governo, que gerou desemprego, desalento, fome, carestia e morte”. A classe trabalhadora exige direitos, renda, comida, saúde, democracia, respeito à vida, à soberania, preservação das estatais e dos serviços públicos, eleições livres, afirmam organizadores em nota. As centrais e os movimentos cobram do Congresso Nacional a imediata abertura do processo de impeachment “para que Bolsonaro seja afastado e seus crimes apurados e julgados”.

“Não podemos esperar que a Câmara dos Deputados tenha, por si só, a iniciativa de cassar Bolsonaro por seus crimes. Para que haja reparação e o nosso país volte a crescer, produzir emprego e renda e respeitar os direitos da população é necessário que ocupemos as ruas e mostremos a nossa insatisfação por toda a negligência, os ataques à democracia e o descaso com a classe trabalhadora. Por isso, cada uma e cada um de nós tem a tarefa de mobilizar as nossas categorias e comunidades e construir, no dia 2 de outubro, o maior ato contra esse governo que o país já viu”, convoca o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

Comentários