MOVIMENTO

CUT redefine representatividade LGBTQIA+ nos estados

Encontro nacional debateu conjuntura nacional, sindicalismo na América Latina e negociações coletivas a partir da visão da identidade de gênero e orientação sexual
Por Gilson Camargo / Publicado em 6 de abril de 2022

Foto: Sinpro/RS

Encontro da CUT deliberou pelo fortalecimento dos núcleos LGBTQIA+ nos estados e criação de coletivos

Foto: Sinpro/RS

O 3º Encontro Nacional LGBTQIA+ realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) definiu a criação e o fortalecimento dos núcleos representativos de pessoas trans nas centrais estaduais e nos sindicatos filiados, bem como a formação de lideranças sindicais voltadas para as pautas de gênero.

O evento promovido pela Secretaria Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos de 1º a 3 de abril em São Paulo reuniu representantes de todo o país para o debate de temas como o sindicalismo LGBTQIA+ na América Latina, a conjuntura política nacional, a interferência nas negociações coletivas a partir da visão da identidade de gênero e orientação sexual, além de avançar no plano de trabalho coletivo.

Valéria Mendonça, diretora do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Ceará (Mova-se), destacou que é essencial “promover as pautas inerentes nas lutas e reivindicação das lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo a população LGBTQIA+”.

No país, os núcleos estão presentes na CUT São Paulo, Paraná, Bahia e Espírito Santos. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Maranhão e Ceará ainda não possuem núcleos LGBTQIA+.

Postos de trabalho

“Atualmente não sabemos o número de pessoas LGBTQIA+ nos postos de trabalho e suas reais necessidades. Por isso, é importante a criação desse núcleo que vai fazer essa ligação entre a necessidade e suas representações trabalhistas”, ressalta Erlon Schüler, diretor do Sinpro/RS e representante do RS no encontro.

No RS, esse trabalho será vinculado ao combate ao racismo e à violência, tendo como referência o Núcleo de Apoio ao Professor Contra a Violência (NAP), desenvolvido pelo Sindicato. Trata-se de uma iniciativa para “tornar visíveis esses trabalhadores e trabalhadoras, acolhendo suas necessidades através de uma escuta atenta e vinculada aos direitos já conquistados. Mas para além disso, a proposta do núcleo é ampliar a luta por mais direitos e respeito”, destaca.

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