MOVIMENTO

Motoristas de aplicativos protestam por reajuste salarial e mais segurança

Prestadores de serviços das plataformas que exploram o transporte público por aplicativos tomaram as ruas de Porto Alegre e entregaram pauta de reivindicações
Da Redação / Publicado em 20 de abril de 2023

Foto: Matheus Piccini/ CUT-RS

Mtoristas que prestam serviços à Uber, 99 e InDriver protestam por reajuste e condições de trabalho em Porto Alegre

Foto: Matheus Piccini/ CUT-RS

Mais de 300 motoristas de aplicativos da Uber, 99 POP e InDrive realizaram na manhã desta quinta-feira, 20, protesto em Porto Alegre. A categoria reivindica reajuste das tarifas, mais segurança nas corridas e abertura de negociações coletivas com as plataformas.

Concentrados desde as 5h no Largo Zumbi dos Palmares, organizados pelo Sindicato dos Motoristas de Transporte Individual por Aplicativo do Rio Grande do Sul (Simtrapli-RS), União Gaúcha de Motoristas Autônomos (Ugama) e Associação de Motoristas de Aplicativos (Alma), os trabalhadores e as trabalhadoras tomaram as ruas da capital gaúcha, promovendo um buzinaço para chamar a atenção da sociedade e pressionar as plataformas.

Após o ato, os motoristas foram até a sede de apoio da Uber, na esquina da Avenida Carlos Gomes com a Rua Bagé, no bairro Petrópolis. Eles afixaram faixas em frente à empresa, cobrando respeito, melhores tarifas, segurança e negociações. Eles entregaram um manifesto aos representantes das plataformas Uber e a 99 POP. protestam

Tarifas defasadas

A presidente do Simtrapli-RS, Carina Trindade, defendeu o reajuste urgente das tarifas. “Tivemos um reajuste no primeiro ano da pandemia, que não foi significativo e, de algumas semanas para cá, a Uber reduziu mais ainda os valores das tarifas”, explicou.

“Estamos aqui hoje para fazer uma manifestação pacífica, pois o quilometro rodado é muitas vezes de R$ 0,90. Exigimos no mínimo o valor de R$ 1,80 por quilometro rodado, mais o tempo de trajeto”, completou Carina.

Condições de trabalho

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, manifestou apoio à luta dos motoristas de aplicativos. “Nós, obviamente, não poderíamos estar fora dessa luta porque eles também fazem parte da classe trabalhadora, porém é um setor sem direitos estabelecidos”, destacou.

“Os trabalhadores estão sofrendo violência e isso está colocando em risco o trabalho, o sustento e a sobrevivência deles. É uma categoria de motoristas que não tem direitos e, por isso, nós precisamos nos incluir nesta luta, para que tenham seguridade, direito à aposentadoria e uma remuneração digna, pois é um trabalho importante para o sistema de transporte urbano”, frisou Amarildo.

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