MOVIMENTO

Petroleiros aderem à greve geral de 14 de junho

Categoria se une a estudantes e movimentos sociais contra reforma da Previdência e denuncia ataques a direitos e à organização sindical
Da Redação / Publicado em 27 de maio de 2019
Ato e assembleia em frente à Regap definiu mobilização dos petroleiros

Foto: FUP/ Divulgação

Ato e assembleia em frente à Regap definiu mobilização dos petroleiros

Foto: FUP/ Divulgação

Em assembleia realizada no dia 24, os petroleiros aprovaram por unanimidade a participação da categoria em todo o país da Greve Geral convocada para o dia 14 de junho pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência. Os petroleiros participaram da 8ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), realizada em Belo Horizonte de 23 a 26 de maio. Na última sexta-feira, a categoria promoveu um protesto em frente à Refinaria Gabriel Passos (Regap), uma das oito unidades que estão na lista de privatização anunciada pela direção da empresa da mobilização, e realizaram assembleia que aprovou por unanimidade a participação na greve geral de 14 de junho. De acordo com a categoria, a decisão é uma resposta aos gestores da Petrobras, que apresentaram no dia 22 uma proposta de desmonte do Acordo Coletivo de Trabalho “que aniquila direitos e benefícios sociais e ataca frontalmente as organizações sindicais”.

“Essa proposta de acordo coletivo é para pavimentar o caminho para a privatização. Só vamos mudar este quadro, se os trabalhadores entenderem que não há saída individual. A luta é coletiva”, afirmou o coordenador da FUP, José Maria Rangel. Também presente ao ato na Regap, o coordenador da FNP, Adaedson Costa, ressaltou a importância do engajamento de cada trabalhador e trabalhadora na luta em defesa da Petrobras. “Nós aqui na linha de frente, estamos dia a dia, de Norte a Sul deste país defendendo a Petrobras, mas é com a participação ativa de cada petroleiro que vamos fazer a diferença da classe trabalhadora e reverter todas as mazelas que estão sendo impostas à categoria e à população”, destacou. As lideranças sindicais petroleiras enfatizaram que é fundamental a participação da categoria ao lado de estudantes e profissionais da educação na mobilização do dia 30 e na greve geral do dia 14 de junho. “É na luta, como outras gerações fizeram, que iremos defender a nossa empresa, porque defender a Petrobras não é defender o meu, o seu emprego. Defender a Petrobras é defender um Brasil soberano”, afirmou Rangel, coordenador da FUP.

MOBILIZAÇÃO – A CUT-RS e centrais sindicais promovem na próxima quarta-feira, 29, plenária de mobilização para a greve geral de 14 de junho contra a reforma da Previdência, no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre. O encontro terá a participação de representantes dos estudantes e dos movimentos sociais. O objetivo é avançar na organização da greve geral contra a reforma da Previdência. “Esta será a plenária unitária das centrais, que vai estruturar as iniciativas que o movimento sindical adotará para criar as condições necessárias para a realização da greve geral, tanto no campo como na cidade, a fim de paralisar o país para derrotar a reforma do Bolsonaro”, afirma Claudir Nespolo, presidente da CUT-RS. O dirigente ressalta que “a greve geral é o grande instrumento de luta da classe trabalhadora para a inserção no debate sobre o modelo previdenciário brasileiro. É a maneira que arranjamos para impedir que os ajustes sejam feitos por cima, excluindo os trabalhadores das discussões”.

As centrais também apoiam a nova mobilização da juventude, marcada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), que voltará às ruas na próxima quinta-feira, 30, promovendo um dia nacional de luta contra os cortes na educação e em defesa da aposentadoria. “Orientamos os sindicatos a somarem forças com os estudantes e professores na luta pela revogação dos cortes e em defesa da educação pública, universal e de qualidade, em todos os níveis”, ressalta Nespolo.

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