EDUCAÇÃO

Sinpro/RS quer transparência das escolas em relação a casos e suspeitas de covid-19

Em reunião com representantes das instituições de ensino o Sindicato dos Professores pediu mais transparência das escolas sobre a contaminação e ampliação da testagem
Por Gilson Camargo / Publicado em 7 de dezembro de 2020

SinproRS quer transparência das escolas em relação a casos e suspeitas de covid-19

Foto: Foto: Tácio Melo/ Secom/ AM

Foto: Foto: Tácio Melo/ Secom/ AM

Em reunião com representantes das instituições de ensino, a direção do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) alertou sobre falta de transparência das escolas de educação básica em relação aos casos positivos verificados no ambiente escolar e destacou que geralmente está ocorrendo testagem dos casos assintomáticos por iniciativa dos professores

Uma pesquisa divulgada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) no início de novembro mostrou que as escolas públicas e privadas receberam 10,4 mil alunos, 2,2 mil professores e 2,6 mil funcionários no reinício das aulas presenciais em outubro. Mais da metade das instituições que reiniciaram atividades letivas presenciais no período são do ensino privado e a educação infantil responde por 90% dos alunos que retornaram. Apenas 3,4% desse total, ou 521 pessoas, foram testadas, com 30 resultados positivos para covid-19: oito alunos, 16 professores e sete funcionários.

O agravamento da pandemia no estado no final de novembro, quando o mapa do distanciamento controlado passou a classificar a quase totalidade das regiões de saúde com a bandeira vermelha, ou seja, de alto risco de contágio, mobilizou a direção do Sinpro/RS no sentido de alertar o representante das instituições de ensino sobre a realidade das escolas de educação básica do ensino privado.

“As escolas privadas estão na sua maioria atendendo os protocolos sanitários estabelecidos, mas parece que são insuficientes, o que é provado pelo número de casos de infectados nas escolas. Os professores estão indignados com a permissividade de tais decretos. O Sindicato tem recebido denúncias sobre a falta de transparência nos espaços escolares em relação aos casos de covid-19 e da falta de testagem dos casos assintomáticos, que são feitas em geral mediante o pagamento dos professores em clínicas particulares”, alerta Cecília Farias, diretora do Sinpro/RS.

REUNIÃO – No dia 1º de dezembro, a direção do Sindicato reuniu-se por videoconferência com dirigentes patronais do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS) para tratar sobre a exposição de professores, alunos e funcionários das escolas nesse que é o momento mais grave da crise sanitária devido ao aumento de casos de infectados e a saturação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) na maioria dos hospitais da capital e do interior estado.

No dia anterior ao encontro virtual entre os dirigentes dos dois sindicatos, o governo estadual havia anunciado que adotaria mais rigor nas medidas de distanciamento depois de classificar a maioria das regiões com a bandeira vermelha – só duas regiões haviam sido reclassificadas para a bandeira amarela.

Esse cenário e a grande preocupação com a realização de atividades presenciais foram pontuados pelo Sindicato dos Professores aos representantes das escolas. Foi estabelecido o consenso em relação à necessidade de reforço nas medidas de segurança nesse momento.

O Sinpro/RS reivindicou que o Sindicato Patronal oriente as escolas a terem mais transparência com os professores sobre os casos e suspeitas de covid-19, bem como para a priorização máxima de atividades on-line e para o encerramento do ano letivo, assim que for possível, e com a efetiva aplicação dos protocolos de higiene e distanciamento.

“O Sinepe/RS deve, também, dispor de todos os meios possíveis para garantir a prioridade dos professores na escala de vacinação quando esse processo se iniciar”, completou Cecília.

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